Na organização de tantos papéis que dariam uma bela fogueira, encontrei um. Salvo-o do interior de um dossiê, para ficar à vista e me afastar da escuridão dos tempos.
Chegou-me às mãos na passada quinta-feira com uma lembrança de Natal. Uma voz já me havia anunciado, no corredor, que ia ter uma surpresa. Confirmou-se.
Já na sala, outra voz questiona: "Gosta?"
Como havia de não gostar? O certo é que, no desconcerto do momento, só saía a pergunta: "Porquê?"
A resposta, sob a forma de interrogação, veio rápida e certeira: "Não é costume dar prendas no Natal?"
Sem nada preparado, sem nada para trocar, constato o facto de nada ter para retribuir. E, de novo, a reação tão imediata quanto desarmante: "Isso não importa!".
O agradecimento cumpriu-se, por mais que me soubesse a pouco.
Dentro da lembrança, lá estava ele...
...um papel em forma de estrela.
Assim encontrei uma pequena luz no meu caminho, quando esta tem sido o bem que mais me tem faltado.
E ainda bem que não importa, RV, porque, em vez de uma estrela, teria de te oferecer o sol.
Luminoso final da tua mensagem.
ResponderEliminarTens muitos destes mimos, felizmente. São, julgo eu, as principais "medalhas" dos professores.
Um beijinho
Dolores
São seguramente o melhor que levamos desta nossa profissão, no meio de tantas agruras e tantos desconcertos que colocam no nosso caminho.
EliminarBeijinho.