tag:blogger.com,1999:blog-8207772293482129267.post2348494809197077446..comments2024-03-17T11:52:16.724+00:00Comments on CARRUAGEM 23: O sentimento de si...Carruagem 23 - VOhttp://www.blogger.com/profile/12243638902720258504noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8207772293482129267.post-78310434731542205582013-01-20T00:46:20.595+00:002013-01-20T00:46:20.595+00:00 Eish!
Isto é o que se chama um tratado f... Eish!<br /> Isto é o que se chama um tratado fílmico ou cinematográfico.<br /> Boa!<br /><br /> Beijinho.<br /> VOCarruagem 23 - VOhttps://www.blogger.com/profile/12243638902720258504noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8207772293482129267.post-12765330844170279682013-01-20T00:38:34.910+00:002013-01-20T00:38:34.910+00:00Quando vi este filme, ao fim de 15 minutos, tive a...Quando vi este filme, ao fim de 15 minutos, tive a sensação de que o realizador, Joe Wright, estava a dar-me um “pequeno” recado:<br /><br />- A menina (gosto que me tratem assim e deduzo que o homem é cavalheiro!) que está aí sentada, sossegue e não crie muitas expectativas! Se pensa que veio aqui fugir à sua vidinha rotineira e “fundir-se” na história, porque vive (mergulhando) as situações vivenciadas pelas personagens, como se fossem suas, desengane-se! Se também pensa que veio ver mais uma adaptação cinematográfica do romance “Anna Kerenina” de Tolstói, desengane-se de novo! A menina, veio ver O FILME!... O FILME ANNA KARENINA! <br /><br />Mas, se, por acaso, a menina, por momentos se entregar à história e viver emotivamente as situações em que as personagens estão mergulhadas, não se preocupe, que eu, o realizador dO FILME ANNA KARENINA, cá estou para a acordar dessa ilusória alienação em que se perdeu! <br />De repente, uma porta se abrirá e, como se estivesse num estúdio de Hollywood, dá por si na província russa, quando, ainda um segundo atrás, estava em Moscovo! Ou Anna Karenina ouve o conde Vronski, ao fundo das escadas. Hesita, o seu coração palpita (supomos nós) porque ele não lhe é indiferente, e sobe, pensamos nós ao piso superior da casa, que será também casa, mas não é! É bastidores, onde as cordas que sustêm o cenário parecem também manietar as marionetas que são as personagens “na sua vidinha social”, toda feita de regras e de aparência. <br /><br />E estes bastidores são também o espaço do (re)encontro do eu com o eu (ou outros eus em si); são o espaço dos oprimidos, que sustentam toda a aristocracia russa; são o espaço da clandestinidade… E haverá, menina que está aí sentada, comboios a sério e a fingir… tudo para que a menina não se esqueça de que “isto” é Um/O FILME!<br />É tudo a fingir! É tudo arte(fício)! O palco da vida, que aqui verá, é só metade da vida (talvez menos do que metade). Os bastidores também são vida, pois são eles que funcionam, à semelhança do iceberg, como espaço propulsor da realidade - realidade esta que é só a ponta do dito iceberg. Os bastidores são, à semelhança do sonho, mundo inconsciente, também ele na origem da criação estética!<br />Ai, a menina que está aí sentada é professora de Português e quer “dar aos seus alunos” as caraterísticas românticas, então traga-os a ver O FILME!<br /><br />Estão cá todas, na forma e no conteúdo! As personagens não dançam; flutuam! As personagens não amam vilmente; aqui vivem dilaceradamente o Amor, procuram o Perdão, elevam-se… Perdem-se no “confronto” diário com os outros. As personagens não fazem amor; coreografam-no! O Prazer é implícito, nunca explícito, porque a sexualidade é intimidade! <br /><br />A menina quer distinguir o amor do desejo na perspetiva romântica? Konstantin Levin define-os, num jantar! Ele, que tanto valoriza o amor! Mas é Kitty (a mulher-anjo) quem, na prática, o demonstra e o vive, quando trata do cunhado sem repudiar a “cunhada”!<br /><br />É arte, menina que está aí sentada no escuro! É arte que comunga com as outras artes, estratégia que também contribui para que não se engane e se perca (se esqueça de si) neste O FILME! A menina também está aqui para pensar, para se agitar nessa cadeira!<br /><br />Confesso que, no fim, depois de ter tido este “diálogo constante e inquietante” ao longo do filme, não consegui reter algumas lágrimas. Não devido à morte da protagonista. mas sim devido a uma frase dum camponês, que se resume no seguinte: na vida, as nossas escolhas mais importantes são feitas tendo por base as emoções, os sentimentos… <br /><br />E assim regresso , Vítor, ao teu incipit, ao “teu” Damásio!<br />E regresso tarde, porque já fui longa de mais!<br /><br />beijinho<br />IAAnonymousnoreply@blogger.com