Começou o dia com uma saudação.
A caminho de uma reunião de trabalho, após um café, cruzo-me com uma pessoa conhecida que me saúda com o generoso "Bom dia!" e a questão retórica (já que o andamento é apressado, sem espaço para haver resposta prolongada) "Como vai?"
Saiu um "Vamos andando, obrigado", por um lado, a corresponder literalmente à situação (já que ambos os dialogantes continuam efetivamente em movimento, a passo largo, criando distância face ao que as breves palavras momentaneamente quiseram encurtar, sem grande sucesso); por outro, a cumprir uma resposta cortês e tradutora de um estado de alma, no momento, sem angústias nem euforias.
Uns passos adiante, o discurso pessoal comungado, partilhado com a conterrânea revê-se, entretanto, no espaço público da praça:
Toca a levar o barco, na rede que a vida tece - I (Foto VO)
E o que se lê a nível local, numa perspetiva outra, acaba por se expandir para o espírito nacional:
Toca a levar o barco, na rede que a vida tece - II (Foto VO)
Nem bem nem mal! Às vezes melhor, outras vezes nem por isso.
Sobrevivamos a cada dia, afastados das guerras mortíferas que o mundo tem. De outras não nos livramos, mas destas saibamos doseá-las com as forças do entendimento e, se possível, com respostas efetivas à resolução dos problemas, para que todos passemos da retórica à [comunic]ação prática.
Terminou o dia com uma reflexão, procurando razão para novo acordar. Toca a descansar, que amanhã há mais vida para quem desperte do sono e se queira alimentar de sonho.
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