Seja pela leitura (que não foi feita) seja pela perspetiva (que depende de quem vem e de quem vai).
A imagem diz tudo: os parcos utilizadores da esquerda, caso se cruzassem com os da orientação contrária, ficariam impedidos no caminho.
Assim, os que em grande número desobedecem às instruções e caminham pela direita estão certos de que vão melhor dessa forma, já que estão todos no mesmo sentido, rumo a Gaia.
Só uma senhora parece estar prestes a cumprir o que deve ser feito: atravessar a rua, chegar à esquerda (anunciada como direção a seguir) e, quem sabe, calcorrear a ponte D. Luís pelo piso dos automóveis (e não os dos transeuntes), para não impedir os que vêm ao seu encontro de prosseguir para a grande cidade invicta.
Não sei se isto tem leitura de opções políticas, mas os resultados eleitorais de há dias apontam para uma maioria de direita. Será esta uma contrariedade assumida, reflexo dos tempos, trazida para a travessia da ponte?
Está difícil a construção do caminho, mas ou muitos estão enganados ou, então, preferem a esquerda do vir enquanto seguem para Gaia. Confusão? Nada que não esteja no apontamento fotográfico, à direita, com tanto peão!
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