sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Animar... a leitura

       Fui convidado a ler, numa turma de 10º ano, um texto sobre o natal... tempo de nascer...

    A proposta da Biblioteca AEML pretendia um breve momento de leitura em todas as turmas, enquanto dinâmica enquadrada na feira do livro, mais a abordagem do natal e do nascer. Ao final da primeira experiência, veio a segunda e, porque não há duas sem três, lá chegou mais uma.
      Inscreveram-se as turmas que quiseram receber o(a) leitor(a). Eis que lhes surge o diretor... para ler.
     Levei comigo o livro (Quinze Poetas Portugueses do Século XX, com seleção e prefácio de Gastão Cruz), apresentei o autor (Jorge de Sena), pedi que me dissessem se o poema trazido tinha alguma coisa a ver com o natal, o nascer; mas, acima de tudo, quis que partilhassem comigo a leitura a fazer. 
     Ensaiado um esquema de animação (escrita a palavra "BRILHA" no quadro; lida em voz alta e em coro, marcando a força, a vontade e a luminosidade que importa ter neste mundo; combinado o momento em que a diriam), foi só oralizar o texto:

"Uma Pequenina Luz", de Jorge de Sena, in Fidelidade (1958), com voz e vídeo de VO

     No final, depois de partilharmos a voz na leitura, pronunciaram-se sobre a (in)adequação da escolha; refletiram sobre o que "nasceu" no momento viv(enc)i(a)do; explicaram aproximações e afastamentos de opiniões; concluíram que, no ato de ler, é possível a união, o gosto da emoção, o (re)nascimento do que vale na vida.
       Tiveram cinco minutos (talvez dez) de, espero, luz com a poesia.

   Também eu vivi a luz, o calor, o gosto de estar na sala de aula, com todos eles. Esqueci dores, agruras, urgências e sufocos e senti que todos merecemos experienciar momentos destes mais vezes. 

10 comentários:

  1. Respostas
    1. Muito obrigado! O brilho maior foi vê-los, quais músicos, a marcar o ritmo do brilho (por filas e, no final, todos juntos). Estavam todos tão sossegadinhos a trabalhar e, logo eu, fui causar a desestabilização geral. Foi o desassossego no pavilhão!

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    2. Até os melhores músicos precisam de um maestro, mesmo que ele traga algum desassossego...

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    3. Estou um autêntico "desassossegador" (quanto mais não seja para me sossegar).

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  2. Tal e qual! Sou testemunha! Muito obrigada! Um ótimo fim de semana. Bjns

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  3. Brilhaste! Obrigada pela partilha da pequena luz bruxuleante…

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    1. Obrigado pela mensagem.
      Foi a luz bruxuleante que deu brilho, alimentada pelas vozes dos nossos jovens alunos.

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  4. Eu assisti numa turma de 8 ano. Muito bom.

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    1. Isabel, os teus jovens foram encantadores com o "Brilha" que vozearam.

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