Futebol e política à parte,...
Lá vem o desconhecimento do Acordo Ortográfico (AO), a vigorar desde 2009.O acento circunflexo aparecia na grafia do plural com duplo 'e', no acordo de 1945; após 2009, lê-se o seguinte na Base IX, intitulada "Da Acentuação Gráfica das Palavras Paroxítonas", no seu ponto 5:
«c) As formas verbais têm e vêm, 3.ªs pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respetivamente /tãjãj/, /vãjãj/ ou /têêj/, /vêêj/ ou ainda /têjêj/, /vêjêj/; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3ªs pessoas do singular do presente do indicativo ou 2ªs pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detem), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem, etc.»
Talvez fosse melhor discordar abertamente.
ResponderEliminarNalguns aspetos até concordo; noutros, tenho muitas dúvidas, por já antes do AO haver complicações ortográficas bem mais complexas, face a uma consciência etimológica que o falante comum há muito deixou de ter.
EliminarO certo é que, após 13 anos de implementação, seria de avaliar os casos críticos que o presente AO tem e afinar o que necessita de maior explicitação / fundamento, sem entrar com argumentos que, na altura e ainda hoje, se revela(ra)m inconsistentes.