Uma cerimónia e uma homenagem justas para "Um Justo entre as Nações" português.
Um exemplo humano a reconhecer, sem dúvida. Pena que, oficialmente, seja passado tanto tempo e depois de a voz da consciência interior ter sido confrontada com a injusta miséria infligida no final da vida. Como mais vale tarde do que nunca, chegou a devida homenagem, porque se impunha. Não foi no mês do nascimento (julho) nem no da morte (abril) Qualquer outro serve, pois este é um homem para lembrar a todo tempo pelo que fez; pelo testemunho que deu.
Foi este o legado de um homem. Ou melhor, de um Homem; de um Português, que assumiu um ato de consciência excecional: o de que sempre esteve certo (por mais que os poderes do tempo não o apoiassem).
Hoje, precisamente há 81 anos, era lida uma sentença que castigava um justo; hoje, neste mesmo dia, um corpo mantém-se longe da capital, na sua terra de Carregal do Sal (Cabanas de Viriato), enquanto uma lápide evocativa é colocada no Panteão Nacional. Relembra um ser humano que salvou a vida de muitos outros e fez da sua a luta por valores e causas com sentido(s) de Humanidade.
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