Hoje alguém me escrevia, lembrando-se de mim e da "Carruagem 23".
Não sei bem por que razão, quando a fonte de tudo é a "Amarguinha".
Esta publicidade do conhecido licor tradicional algarvio é do melhor na denúncia de erros que podem comprometer uma relação:
Publicidade inteligente I (com agradecimento à AMT, pela lembrança)
Ora cá está um bom critério para selecionar quem seja namoradeiro: que fale e escreva bem e não leve ninguém ao inferno (sim, porque o Hades é rio que não leva a mar paradisíaco). 'Hás de' (e sem hífen) leva a melhor caminho.
Publicidade inteligente II (ainda com agradecimento à AMT, pela lembrança)
Cá está a prova de que a beleza não é tudo! Pelo menos, há que ser giro e escrever bem - e mais vale a beleza do saber, pensando que o final da mensagem é bem revelador de que mais vale ser feio, sólido (e não líquido, a ponto de se beber) e escrever 'bebeste'.
Publicidade inteligente III (desta feita sem agradecimento, porque selecionada por mim)
Nada contra ser "poli", ou outra coisa qualquer, desde que "o sono" e "a preguiça" sejam acompanhados de "a vontade" (pela regularidade sintática conveniente na coordenação) e o "permanente" (adjetivo) dê lugar, por exemplo, a "permanentemente": 'estar de férias' (quem não quer!) é expressão verbal cuja modificação está mais para um advérbio (com valor de modo, de tempo ou de lugar).
Digamos que, neste caso, a estratégia publicitária não resultou em pleno, na sua construção, porque isto de ter vários amores não pode fazer esquecer que a ortografia, a morfologia e a construção sintática são áreas muito exigentes no uso da língua e todas requerem muito cuidado e muita atenção.
Conclusão: terá sido a lembrança por me acharem amargo (já que, de "Amarguinha", nem vê-la nem cheirá-la)?! Por me pensarem homem com muitas relações (estou mais para as ralações)?!
Vamos lá levar a "carruagem" no trilho, antes de a fazer parar a meio do percurso ou a imobilizar na estação!
"Errare humanum est" (errar é humano) já diziam os clássicos latinos. Acrescentaria "Perseverare autem diabolicum" (perseverar no erro é diabólico). Se a "Amarguinha" ajudar, ... (conclua-se o que não vou sequer ajuizar).
e se, no último caso, se dissesse apenas "a vontade permanente de estar de férias"; sempre se evitava o permanentemente, advérbio tão comprido
ResponderEliminarTambém possível e perfeito, com a modificação associada ao grupo nominal 'a vontade'. Um outra configuração sintática, portanto.
ResponderEliminarObrigado, bea, pela leitura atenta.
Cumprimentos.