sábado, 4 de outubro de 2025

Cá está o homem!

       Depois de o citar, lá vem a foto comprovativa do pensamento.

     Foi só passar na Praça da República de Vila Viçosa, e lá estava ele abrigado por uma árvore junto a um café-restaurante bem frequentado: Bento Jesus Caraça. Professor, matemático e ensaísta, é ainda hoje uma das figuras de referência na área, apesar da sua morte precoce e da inoportunidade, por motivos políticos, de prosseguir com a sua intervenção cultural e ideológica, numa época marcada pelo pendor fascista e ditatorial espelhado na realidade portuguesa na primeira metade do século XX.
   Nascido num meio social modesto (Alen-tejo, Vila Viçosa) em 1901, a sua vocação para a matemática e o sentido pedagógico e cívico intensos que assumiu para a vida pautaram sempre a sua ação até à chegada da morte em 1948, em Lisboa.
     Do pensamento citado, nas ruas de Vila Viçosa, ficam as palavras tão atuais, no que ao entendimento do erro diz respeito, como ingrediente da própria aprendizagem e do ato corretivo que se lhe associa.
      
     Não recear o erro e estar pronto para o corrigir são princípios e atitudes que todo o professor deve manter como condição principal do seu exercício profissional. Sublinha-se, também, a humildade que muitos relegam para plano menor.

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