No cruzamento de várias teorias sobre o poder nas organizações, há (tem de haver) sempre o momento da relativização, da discussão e da contestação do mesmo.
Autores como French Jr. e Raven, no final dos anos cinquenta, identificaram cinco tipos de poder assentes numa perspetiva social (tendo em conta a fonte de poder, bem como a relação entre o seu portador e um outro agente / ator organizacional): poder de recompensa, coercitivo, legítimo, do especialista e de referência.
A ilustração seguinte exemplifica bem, no foco do portador, o que se denomina de coercitivo:
Uma reflexão "poderosa" acerca do exercício de poder
Há algum sentido de justiça e de recompensa, pelo foco de uma contingência que o portador não considerou e, nesse sentido, o fez perder autoridade legítima / legitimada (por mais racional-legal ou tradicional que fosse, de acordo com o modelo organizacional de Weber).
Sem o poder de especialista ou de referência configurado, num eventual exercício de controlo de recursos (raros), pode lá uma flor ou planta sobreviver com "líderes" do calibre de Calvin!
Reconheça-se que, nas organizações, existem sentidos difusos de poder, a vários níveis; de partilha, de concertação em que a comunicação pode e faz a diferença. Entenda-se que nenhum "poderoso" tudo controla e que fatores contingenciais podem contribuir para a regulação de excessos.
Neste mundo, tem de haver (esperança vã?) chuva a limpar quem se revela ditadorzeco e manipulador de opinião, com evidentes sinais de egocentrismo, de atos e de linguagem rude, grosseira, desacreditada pelos valores democráticos, de participação e inclusão (mesmo quando alguém os legitime para o exercício de poder).
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