domingo, 6 de novembro de 2016

Um palhaço para levar a sério

   Tudo a propósito de "Clown".

    Cantada no original pela escocesa Emeli Sandé (do álbum "Our Version of Events", de 2012), esta cantiga é apontada como o reflexo de uma situação vivida pela cantora, quando estava para ser contratada por uma empresa e, nesse contexto, teve de participar em alguns encontros, algumas receções e se sentiu julgada / avaliada por tudo e todos. É um grito de revolta, para que não se seja mero objeto de julgamento dos outros; para que se afirme a crença nos valores próprios e para que ninguém faça do ser humano um simples palhaço:

Vídeoclip da interpretação de "Clown", 
de Emeli Sandé
        
     CLOWN

I guess it's funnier from where you're standing
'Cause from over here I miss the joke
Clear the way for my crash landing
I've done it again
Another number for your notes

I'd be smiling if I wasn't so desperate
I'd be patient if I had the time
I could stop and answer all of your questions
As soon as I find out
How I can move from the back of the line

I'll be your clown
Behind the glass
Go 'head and laugh
'Cause it's funny
I would do too if I saw me
I'll be your clown
On your favorite channel
My life's a circus, circus
Round in circles
I'm selling out tonight

I'd be less angry if it was my decision
And the money was just rolling in
If I had more than my ambition
I'll have time for please
I'll have time for thank you
As soon as I win

From a distance my choice is simple
From a distance I can entertain
So you can see me
I put makeup on my face
But there's no way you can feel it
From so far away

Vídeo do "The Voice Portugal", emitido hoje à noite na RTP1

    Depois da original, vem a interpretação produzida no programa televisivo "The Voice Portugal" (no canal público da RTP1), numa versão com um trio de vozes muito sonante e harmonioso (Francisco, Márcia e Daniel), ao qual se juntou outro concorrente (Sérgio Alves), para uma batalha em que não podia haver vencedor (a qualidade de ambos - o grupo e o solista - era evidente). Acabaram os dois participantes por continuar no concurso musical, em equipas tuteladas por mentores musicais distintos. Mais do que merecido!
    Qualquer um dos registos (o primeiro mais intimista; o segundo mais projetado) é tocante, para uma mensagem que, por certo, ganhou a espetacularidade e a força merecidas para um valor humano cada vez mais premente - o de não se ser um palhaço social.

      Há vozes que merecem ser ouvidas, por maior ou menor fama que tenham, já que nos cantam a própria dignidade humana.

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