quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Caso de um Portefólio de Escrita

     Considerado o cenário de construção de um portefólio, orientei-o para a escrita. Mais do que muito e impraticável, prefiro pouco e com algumas evidências de evolução.

        Segue-se o exemplo de alguns passos que considero importantes:

1. Começar por delinear um roteiro de acção (com as condições de implementação da acção, uma descrição sumária da actividade), familiarizando os alunos com um modelo de escrita bem como uma sinalética de correcção, para posterior trabalho de reescrita e revisão);

2. Exemplificar um caso de evolução, nas suas múltiplas fases (a inicial, a intermédia e a final);

3. Implementar modalidades de avaliação, e classificação (atentas à processualidade implicada na escrita).

       Dá trabalho, é verdade; mas, como o acompanhamento é individual e com um(a) aluno(a) por cada aula, sempre é melhor do que corrigir vinte e muitos exemplares de uma só vez (no caso de uma só turma!). Além disso, a evolução (a julgar pelo exemplo facultado) tem evidências claras. E de ano para ano, então, a diferença é ainda mais visível.

1 comentário:

  1. Vinte alunos não correspondem necessariamente a 20 textos. Num trabalho na área da escrita que estou a desenvolver com outros professores, em contexto de sala de aula, em Beiriz, na turma de 5º ano optámos por agrupar os vinte e tantos alunos em pares. Cada par produz um texto, sendo o a planificação deste e o seu desenvolvimento da responsabilidade dos dois elementos. Não se admite que um escreva e o outro copie... Os membros dos pares são estimulados a discutir o desenvolvimento do texto a a tomar decisões em conjunto sob a supervisão do professor, na verdade dos professores, porque está presente por vezes o formador e a professora da turma.
    Esta estratégia de promover a construção do texto em pares permite que o professor, que tantas vezes nunca fez este trabalho de acompanhamento da textualização / revisão, tenha de se ocupar de muito menos textos do que o número de alunos. Dá-lhe prática e segurança para ir aumentando o número de textos a acompanhar no futuro.
    Uma curiosidade: o número de alunos era ímpar, na turma. Portanto, deparámo-nos com uma menina desconsolada, creio que a Fátima, mas não tenho a certeza do nome.... Pois aqui o autor destas linhas (lembrando-se de um preceito didáctico e pedagógico - de largas consequências que aqui não vou explanar... - de um investigador espanhol - «O aluno não escreve porque o professor manda mas porque o professor escreve também») propôs à Fátima escreverem o texto juntos. O que está a acontecer e é muito interessante, pois a relação de interacção normal numa oficina de escrita entre professor e aluno ganha outros matizes que a seu tempo indicarei, se o Vítor me der aqui espaço :)...

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