segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para quando o renascer das cinzas?

       Heranças barrocas estas... que nos (re)lembram o ciclo natural da vida (com a morte).

A ave Benu, para os antigos egípcios, é uma das representações
do mito da Fénix

      A Fénix ou Phoenicoperus, como era conhecida na época da Antiguidade grega, é uma figura mitológica associada a uma ave semelhante a uma águia, de plumagem pluricromática em tons de avermelhado, alaranjado e amarelo incandescente.
    Caracterizada como fabulosa, tinha uma longa vida que se consumia por acção do fogo, a cada quinhentos / mil anos, num ninho preparado para o efeito por ela mesma. Daí muitos também a designarem de 'Pássaro de Fogo'. A partir dela, mais propriamente das respectivas cinzas, renascia, até sete vezes sete, numa outra ave mais jovem. Assim se construiu o mito e o símbolo dos ciclos periódicos, da ressurreição na Eternidade.    
     Pode verificar-se esta ideia de início, término e reinício na vida de homens, de nações, de planetas num cumprimento sucessivo de ciclos (tais como, períodos de dificuldades e posteriores transformações). E assim se aspira ao desejo de, após a vivência de situações-limite, se conseguir "renascer" para uma nova fase, dita mais feliz.

     Diante da perspectiva da morte, esta ave era considerada um símbolo de esperança, de persistência e de transformação face a tudo o que existe; um sinal da vitória, de sublimação da vida e de superação do que a limitava ou do que a fazia findar.

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