quarta-feira, 14 de junho de 2017

Mas algum humano acredita nisto?!

     Nem Freud! (Não é argumento de autoridade. É crença, mesmo!)

    Quando procuro descomprimir, está visto que não dá para ir ao Facebook. Não é por nada, mas quando se lê isto (um catafórico, por anunciar o que ainda não é explicitamente textual, só pairando na minha mente) não é possível ficar indiferente, incólume ou corroborar o impensável.
      Cá vai:

A circular no Facebook 
e a haver quem ache, pelo lamento crescente, que não devemos ser de ferro...
mas de aço!

       Perigoso! Nem Freud o aceitaria, seja no dever seja na resposta a dar à vida!
    A acreditar nisto, e a aceitá-lo, pouco falta (espantemo-nos!) para crer em fundamentalismos e extremismos... É tão medieval o pensamento quanto o ferro humano que, na imagem, me sugere a armadura ou a malha dos que faziam da vida luta, duelo ou morte.
      Máquinas, com avarias anunciadas no final, já Álvaro de Campos propôs na "Ode Triunfal": "Ah não poder ser eu toda a gente em toda a parte!" Popularmente, dir-se-ia "Quem tudo quer tudo perde". 
       Cedo ou tarde, por mais que se ache que os telhados de vidro não existem, a pedra cairá (não sei se na cabeça de alguém, mas que seja, no mínimo, na consciência). Talvez a vida venha a ensinar muita gente que não somos nem aço nem ferro. Humanos, sim, com falhas e nem sempre porque as queremos, mas porque elas existem connosco ou vêm ao nosso encontro e nos derrubam. Pensar o contrário só no discurso do lamento ou negando que, na vida, há pequenas coisas que fazem os dias diferentes.
     Na realidade, a verdade não é a do pensamento citado; é muito outra e é pena que muitos humanos dela se esqueçam. Só se lembram dela nos momentos de choque, e talvez aí já seja um pouco tarde. É pena que da história não se faça da memória! E a história muitas vezes é a nossa! 
     Felizmente, quero acreditar que há quem a ajude a (re)escrever e a (re)viver de outra forma.
    Mais não digo - melhor: não escrevo, para não repetir o exemplo de alguns alunos que, ao escrever num teste escrito. dizem que fala(ra)m. Oh, vã ilusão!

    Não gosto, não aceito, não acredito e só o entendo quando tudo corre bem (e não será, certamente, para todos o que procuram sobreviver nas situações ou nos tempos mais críticos). Pena é quem haja que ainda subscreva o pensamento, tal como apresentado na imagem! E há! Oh se há!

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