domingo, 9 de fevereiro de 2020

Belezas maiores

      No regresso a casa, uma construção com um cartaz publicitário chama a atenção.

      Tanto chama a construção (cujo projeto é anunciado numa foto interessante) como o cartaz. Uma, por boas razões; o outro nem tanto.
      Assim, se lê no último:

Cartaz publicitário junto à construção de um edifício - Granja (Foto VO)

      Se a qualidade da construção for na proporção da correção linguística, diria que há defeito. A "Beleza" (que até se justifica maiusculizada quando diz respeito à qualidade suprema, na sua dimensão abstrata) fica comprometida com a adjetivação que se lhe sucede. Obviamente, 'óbvio(a)' escreve-se com acento gráfico, na convenção gráfica daquelas "falsas esdrúxulas" que marcam a nossa língua - as palavras terminadas em encontros vocálicos caracterizados por ditongos crescentes (como ´lítio', ´ébrio', 'água').

       É preciso alma, mestria e paixão na escrita, para que esta possa ter efeitos sublimes (ou, no mínimo, convincentes) em quem lê. Caso contrário, a beleza sai minúscula.

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