Não sei bem por que razão te procuro.
Talvez me lembres que, no meio de tanta agitação, és leito de vida original.
Dás-me por certo mais sal do que o sorvido em pingos corridos na face, molhando lábios e boca.
Porventura trazes a frescura e o som que busco no queimor e na desejada solidão.
Acaso serás o que me anima, quando à volta, o sufoco atrai desânimo.
Na(s) inquietude(s) vivida(s), és embalo apaziguador que me faz prosseguir.
Recordo, então, o pensamento inspirador:
Um mar com nuvens e um horizonte a superar (porque há mais além da linha que só a visão limita)
Podia tê-lo escrito, mas, como já alguém o fez, cumpriu-se o momento de o reviver junto à força das águas, mostrando que há ondas, marés no flutuar desta vida; há um nós multiplicado pelo eu, ele, outros que se juntam ao desejo.
Rumemos com o sem-fim no horizonte, passar da orla branca ao azul do mar, soprando às nuvens do céu, para deixar o sol raiar.
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