A ocorrência de erros televisivos está a mudar (o que não significa necessariamente felicidade).
Em termos estatísticos, pode concluir-se que a maioria dos erros lidos nas legendas ou nos rodapés televisivos está para questões de desrespeito da ortografia, de impropriedade na seleção vocabular / lexical ou de incorreção morfológica.
Não deixa de aparecer um ou outro caso distinto, nomeadamente no que à falha sintática diz respeito, particularmente na concordância de número. Hoje deparo com um outro:
No seio dos aproveitadores, há quem aproveite muito mal na SIC Notícias (Foto VO).
É a declarada falta de atração.
É comum assumir-se que a presença de um 'não' ou de um 'que' faz com que os elementos clíticos colocados junto a um verbo sejam atraídos, a ponto de os antecipar na construção da frase (ex.: 'Estuda-se' vs 'Não se estuda' / 'Faz-se algo' vs 'Diz-se que se faz algo').
Ora, quando tal não acontece (como exemplificado na foto), viola-se definitivamente a correção no uso do português (variedade continental europeia), o que significa que seria bom os comunicadores sociais ou quem trabalha nessa área consultarem uma gramática. Não faria arrepiar tanto os leitores das legendas ou dos rodapés.
Falha a atração, deforma-se a construção, distrai-se a intenção e compromete-se a comunicação.
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