Não gostaria de ter passado pela leitura disto... mas, já que o fiz, escrevo!
Acredito que já era tempo de se ter aprendido alguma coisa com tanta apologia da leitura. Primeiro, é certo que quem não lê é mais facilmente manipulado pelo que outros digam (a tirania da ignorância sempre foi demasiado perigosa, particularmente para quem não tem acesso às fontes e passa a crer em qualquer inverdade, se não for falsidade, mentira ou erro). A Mafaldinha tem toda a razão. Segundo, não é menos verdadeira a ideia de que a leitura contribui para um melhor domínio da língua. Só que, neste último caso, a leitura tem que ser bem atenta e modelar, assente no bom exemplo do texto; focada nas realizações da língua e no modo como ela é aplicada, para que, depois, esta (também) se possa refletir noutros desempenhos adequados.
Ora, considerando este último ponto, não é o que se passa com o que a BD dá a ler na réplica da Mafaldinha:
Recolhido da página 'Educação e Transformação'
(https://www.facebook.com/educaretransformar/photos/a.578929008813997/1160233454016880/?type=3&theater)
(https://www.facebook.com/educaretransformar/photos/a.578929008813997/1160233454016880/?type=3&theater)
Gostava de dizer que toda a gente sabe que um 'porque' atrai os pronomes (tal como um 'que' ou um 'não'): 'faz-se' > não SE faz; 'diga-se' > que SE diga;' di-lo' > porque O diz. Até a Mafaldinha o parece reconhecer em 'no que TE dizem'. Só que aquele 'porque obriga-te' desfaz toda a convicção no saber desta jovem tão contestária, bem como na força do meu gosto. Apetece-me mesmo dizer "MAFALDA! OUVE BEM O QUE DIZES!"
Prova de que a lei da atração não é só para a Física nem só para o amor.
Prova de que a lei da atração não é só para a Física nem só para o amor.
Pois é, Mafaldinha, 'porque TE obriga'... é como devia ser! Tão inteligente és e não antecipas o pronome quando necessário / obrigatório. Acho que precisas de ler um pouco mais, para aprender melhor (especialmente uma gramática). Não há paciência! (Começo a perceber o olhar do Filipe, como se não acreditasse no que está a ouvir, vindo de quem vem). Qual educação, qual transformação!
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