domingo, 28 de novembro de 2021

Quando faz frio...

         ... vêm as saudades do verão.

     Nada como o frio para virem aquelas expressões tão típicas que o caraterizam na língua. 
   Os franceses falam do tempo frio e cinzento (gris), mas connosco "Está cá um griso que nem te passa!". Costuma dizer-se que "Deus dá o frio conforme a roupa, mas mais a quem tem pouca" - em versão mais reduzida, ficamo-nos por "Cada um sente o frio conforme a roupa" ou "Dá Deus o frio conforme a roupa" (ficando ao homem a escolha desta última, diga-se, para que Ele não seja responsabilizado por determinismos ou injustiças sociais). 
    "Que briol!" ou a versão "Que barbeiro!" não são menos populares, bem mais intensos na frialdade e na invernia, quando acompanhadas de vento. 

Quem tem brio não tem frio?

     Tem sido isto (ou próximo) nos últimos dias, com a acentuada queda nos valores da temperatura. Lá se foi o verão! Mesmo que se diga "Em (fins de) Agosto dá o frio no rosto", não é o mesmo sentido de sensação. O de novembro e o de dezembro chegam a doer, a gelar, a 'cortar' na pele. Por isso é bom aquecer as mãos nas chávenas, usar os carapins nos pés, proteger as orelhas com o carapuço (até a máscara, tão escusada, resguarda lábios e nariz). Não sejam os alarmismos "amarelos" e "laranjas" com que nos brindam, estão aí os sinais de um outono comum a anunciar inverno.
     "Ande o frio por onde andar, no Natal vem cá parar". Já não estamos longe, portanto. Assim que passar o ano poderá dizer-se "Chuva em janeiro e sem frio vai dar riqueza  ao estio"; ainda assim, e à cautela, bom é que se saiba: "Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado". Não vá o Diabo tecê-las e entre "Noite fria, dia quente, fica o homem doente" (e a mulher, também). Digamos que é princípio válido para qualquer altura do ano. No que toca  a frio, este existe em todo o tempo, a todo o mês. Há mesmo quem defenda março friorento e ventoso como condição necessária e virtuosa: "Janeiro geoso, fevereiro nevado, março frio e ventoso, abril chuvoso e maio pardo fazem o ano abundoso".
     Como nem tudo é frio, vento, chuva ou neve, pense-se no calor, na primavera e no sol, que dizem fazer bem à pele (na dose certa). Certo é que, na moderação, "Guarda do calor o que guardas do frio", até porque "Quem não anda por frio e por Sol não faz seu prol". Não é de espantar, por isso, o conselho de proteção: "Usa sempre cobertor, faça frio ou calor".

    À falta de outro calor, viva-se o que de mais humano há e brinde-se com as malgas da sopa (é sempre uma forma de celebrar convívio, amizade e de tornar os corações bem mais quentes, fazendo esquecer algumas agruras da vida ou outros corações que não aquecem).

terça-feira, 23 de novembro de 2021

"Payassu", de novo (e para repetir)

      Apesar das contingências adversas, lá fomos ao encontro do "Pai Grande".

     A Igreja de Anta acolheu os peregrinos. Não foi S. Luís do Maranhão, mas não está distante do mar. O caminho foi feito ao andamento de quem precisa de ler o Sermão de Santo António, esse texto vieirino de furor e de crítica a um tempo que se arrasta do século XVII até hoje (ou até ao futuro).
     Fosse o século XIII e podíamos ter o pregador Santo António; fosse o XVII e outro António mostrar-se-ia. Hoje foi o tempo da representação de Marcelo Lafontana, com as palavras de Vieira em articulação e aproximação às vivências dos nossos dias (tão afins aos de há quatro séculos), bem como às de um auditório juvenil tomado por "peixinhos". Numas andas que sugerem o "Pai Grande" ou o púlpito que teria sido o espaço prédico, lá assistimos à encenação de um ator, com a sonoridade autêntica do Português do Brasil, mais a força da palavra (do verbo) que se mantém intemporal e para lá de qualquer espaço ou cultura:

Representação do Cap. IV do Sermão de Santo António, de Padre António Vieira

     No final, na sequência que corresponde à peroração (conclusão do sermão), uma imagem surge como que duplicada aos olhos de quem assiste:

Marcelo Lafontana na Igreja de Anta (Espinho), aquando da representação de 'Payassu' 
(Foto VO)

      É como se fosse o efeito de espelho que o barroco tanto explorou. No discurso sermonário em causa, há vários: o do conceito predicável (Vos estis sal terrae) projetado das palavras de Cristo para as de S. Mateus, de Santo António e do próprio Padre António Vieira; o dos peixes, que são metáfora de homens; o das virtudes e o dos vícios, alegoricamente representados por peixes, que também são dos homens; o dos pensamentos e das sequências quiasmáticas que abundam no discurso do nosso orador seiscentista.

       Uma experiência de representação, de oralidade, para familiarizar com a leitura de um texto muito pertinente e atual. "Não é tudo isto verdade?"

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Certeza escusada (e mais do mesmo)!

     Desta feita, temos uma de catálogo!
Um erro tão desnecessário! 
(com agradecimento à G.V.)   
   É de catálogo, porque está num (Catálogo 20 anos do El Corte Inglês - pág. 44), conforme o apresentou uma amiga, depois da sua leitura de jornal de fim de semana e de ter visto o meu apontamento sobre o 'A PARTIR DE'.
   É por estas e por outras que, quando me dizem 'COM CERTEZA', pergunto logo a seguir "Tudo junto ou separado?" Felizmente, têm respondido acertada-mente na maioria das vezes, mas fico com dúvidas quanto à segurança dos respon-dentes, ai isso tenho! Ficam tão perturbados com a inusitada pergunta que, não sei se por esta se por dificuldade na resposta, mostram alguma incerteza.
    Bastaria pensar que 'SEM CERTEZA' (nunca grafado junto) é o contrário de quem a tem (também com escrita separada).
     Um pontapé na escrita (sem que haja ponta de pé), que dói aos olhos e à mente.

     Depois das aféreses dos nossos dias, não andamos longe das aglutinações históricas que resultaram em 'embora' (< em boa hora), 'vinagre' (<vin acre), 'aguardente' (< água ardente) ou 'fidalgo' (< filho de algo'), só para mencionar algumas das mais conhecidas.

sábado, 20 de novembro de 2021

Natureza em planos e camadas

        A tarde, entre o cinzento e o foco de luz, estava para contemplação.

          E assim aconteceu.
    Primeiro, mais próximo, um mar de prata irradiado de luz chamou a atenção. Vinha ela de um sol encoberto por nuvem densa (é sempre bom saber que ele está lá, apesar da densidade e da persistência do que se mostra sombrio).

Mar de prata irradiado de luz (Foto VO)

         A panorâmica parecia estar em camadas, tal como a vida (ora feita de instantes felizes ora marcada por adversidades).
      Depois, mais distante, via-se um céu num borratão de brancuras dispostas em dispersão espiralizada; em estado de ebulição.

Das brancuras dispersas ao areal banhado na praia Bocamar (Foto VO)

      Foi assim um fim de tarde deixado à liberdade de uns momentos compassados em pé ante pé e por olhares à espera de disparos fotográficos.

        No regresso, havia mais sombra a fazer-se noite.
     

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Estamos nisto! É de susto!

     Cá está o péssimo exemplo nas tecnologias.

    Tudo tão rápido, tudo tão fácil, tudo tão eficaz, tudo tão tecnológico... e a capacitação linguística bem aquém do desejável:

Montagem de susto, a partir de uma mensagem da Microsoft

     Em tempos de capacitação tecnológica tida como prioridade, há capacidades que não deviam ser descuradas. 
     Bem dito eu 'a [paro] partir [paro] de [paro]', sempre que necessário, com as paragens bem marcadas para que se ganhe a consciência da escrita correta. Quando escrevo, exagero na separação dos termos da expressão. Parece que a Microsoft também está a precisar de umas aulas de Português e de boa escrita.
     Lamentável, a todos os níveis. Só falta aparecer um '*afim de' (que não é semelhante a nada, mas estar ' a fim de', com a intenção ou o propósito de), que também deve ser bem separado.
      Escreva-se, portanto, A PARTIR DE, A FIM DE - três termos para cada expressão.

     Nem tudo o que é virtual é bom, e muito menos virtuoso, pelo que se dá a ler na imagem (as interrogações, as exclamações e o susto são meus, após receber uma mensagem destas com a aplicação ativada para, no meu computador pessoal, usar o meu telemóvel Android).

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Uma questão de "*perar" (porque 'quem *pera sempre alcança' ou '*despera')

     Estará a acontecer mais um caso de evolução da língua?

    A frequência de uso do verbo '*tar' é tão comum na oralidade que já foi aqui, mais do que uma vez, denunciada pelas evidências do escrito - bem reveladoras de falha na consciência morfológica (deformação na consciência da base da palavra) e fortes implicações com a sintaxe (confundindo o verbo copulativo ou o auxiliar 'estar' com o verbo principal ou o auxiliar 'ter').
     Hoje, à semelhança de outros dias, a interação foi fantástica, a julgar pela reprodução do diálogo:

     - Ó professor, *pere.
     - Se faz favor, é bonito e eu gosto.
     - *Pere, se faz favor.
    - Não *pero nada, porque não sei o que é isso de *perar. Verbo tão estranho! Eu *pero, tu *peras, ele *pera, nós *peramos, vós *perais, eles *peram! (a gargalhada começa a ser geral). E se fosse no imperfeito do conjuntivo? Se eu *perasse, se tu *perasses, se ele *perasse, se nós *perássemos, se vós * perásseis, se eles *perassem! (mais gargalhada). Ai, e o pretérito perfeito composto! Eu tenho *perado, tu tens *perado, ele *tem perado... (continuam a gargalhar, até que o olhar sério e a pergunta mudam o registo, aind mantendo a brincadeira) Como seria o futuro?
      - Eu *perarei, tu *perarás, ele *perará... (responde uma)
      - Muito bem! E o condicional?
     - Esse é o tempo das Marias (coitados dos Manéis desta vida!): eu *peraria, tu *perarias, ele *peraria...
     - Bem, isto está a soar-me a peras a mais!
     - É cada fruta, professor!
     - Tens razão, é melhor parar, antes que façamos uma salada muito pouco variada e indigesta!

     Para terminar o momento, lá foi o reparo:

      - Espere, por favor, caríssimo X!

     E lá veio a resposta que daria outra conjugação:
     
      -   *Tá bem, professor.

      Alguns, mas só alguns, riram-se, bem cientes de que eu já não "*tava" a ficar muito bem.

     Quando abordar os processos de evolução fonológica, vou pensar se não será melhor começar já a abordar a aférese dos sons na sílaba inicial de 'EStar' e 'ESperar'. Quase me apetece dizer, em variação paremiológica, 'Quem *pera tem *perança' ou, então 'Quem *pera *despera'.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Ainda a propósito do 'Quinto Império'

        A bem do que possa vir a ser.

       Entre o que Vieira profetizou e Pessoa reconstruiu, não me fico por um nem por outro. Estou com a obra feita, e que bem conheço. Por isso a recomendo. Não é o mito que marca a História do Futuro vieirina; não é a expressão pessoana dessa utopia, dessa inconsciência ou dessa imaterialidade ansiada, feita de sonho e de espírito, encoberta e messiânica, na busca de uma idealização universal e humanista. Ou talvez seja tudo isto no título de um livro bem familiar aos olhos deste leitor, que vê um amigo de um dos autores destacados numa livraria conceituada:

Quinto Império: Profecia de Perdição, de Manuel Maria, na Bertrand (Alameda, Porto)

     À entrada da Bertrand, numa mesa que exibe publicações recentes, lá está o Quinto Império: Profecia de Perdição. Vê-lo ladeado de títulos de Germano Silva, Don(ald) DeLillo, Tiago Salazar, entre outros autores mais ou menos reconhecidos, é um sentido de felicidade que reflete não só amizade mas também escrita narrativa de qualidade.
      Na senda inspiradora de Cinco Palavras de António Vieira (2020), retoma-se essa figura tutelar da arte prédica seiscentista, recuperada como protagonista neste mais recente romance de Manuel Maria. Aqui se cumpre o percurso de vida final do orador e escritor barroco - autor da Clavis Prophetarum (Chave dos Profetas); aqui se aborda a sua utopia identificada como "Reino de Cristo Consumado na Terra". Ideias tão contemporâneas como a de um mundo sem fronteiras, com "todos iguais, todos diferentes", em diálogo inter-religioso e intercultural aparecem conjugadas numa intriga, onde não falta o "polvo" inquisitorial prestes a "abraçar" traiçoeiramente um dos seus. Assim se faz a aproximação à perdição, a essa condição de perseguido de que o Papa libertou Vieira.
      Um romance a conhecer, para que "Payassu" não caia na lei da morte nem nas garras de um preconceito feito de ignorância.

      Com a chancela da editora Lugar da Palavra, esta é uma obra apoiada pela Direção Geral dos Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas (Ministério da Cultura).

domingo, 14 de novembro de 2021

Porto Sentido 'cum bozes da naçõue"

      Hoje a manhã começou com uma canção familiar.

     Foi a vez de ouvir um "Porto Sentido", essa canção-hino de Carlos Tê e Rui Veloso (surgida no álbum Rui Veloso, de 1986), numa versão diferente, com várias vozes nacionais. Uma homenagem (mais do que merecida) da Rádio Comercial, ao jeito do que já fez para Carlos do Carmo, agora pelos quarenta anos de carreira de Rui Veloso, esse "Chico Fininho do rock português, cantor e intérprete de mão cheia que também é Manuel Gaudêncio (conforme o ditam os nomes do meio).

Versão de 'Porto Sentido', em homenagem aos 40 anos de carreira de Rui Veloso

      É dessa letra-hino, cantada por populares 'de cor e salteado', que se faz esta versão tão nacional e tão emotiva. O 'Porto Sentido' - tanto na leitura da cidade que sente orgulho (pelo que é) como na do "milhafre ferido na asa" - é a expressão de uma invicta, de uma resistente, de uma urbe que "se estende até ao mar" e se faz mundo, apesar dessa posição segunda a que foi votada.

    PORTO SENTIDO

Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende até ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata são-joanina
erigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
num rosto de cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonado
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa

     Assim se projeta a "capital do Nuórte", com cantores nacionais (de vários géneros e registos) dando-lhe voz.

    Uma "artista" fecha a versão: a mãe do cantor, a Srª. D. Emília Gaudêncio, que se "anuncia", com os seus 97 anos, no Coliseu.

sábado, 13 de novembro de 2021

Roteiro de compensação

     Saindo ao final do dia, quando o sol se foi.

     Tempo de olhar o mar e o  horizonte. Tempo para mim.
     Já não há bola de fogo ou de luz. Aproxima-se o escuro com o relógio a dizer que ainda há tempo para fazer muito.
     Capto o momento numa foto, com o que a natureza me oferece:

Entre Espinho e a Granja - roteiro de compensação (foto VO)

     Eis o que fica: um caminho que, por mais rochoso e nevoento que pareça, tem de levar a alguma luz. Há ondas e marés que, às vezes, são de infortúnio. Existem para que se possa dar valor ao que realmente interessa, àquilo que mitiga a dor.
     Esborratados uns tons quentes no céu, tudo ficará noite, sem vestígios desse calor que compôs a tarde de um dia por aproveitar.

     Tomo um café quente e regresso a casa. Vem o vazio. Deve ser do frio.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Onde o mar começa...

      No ciclo da água, as nuvens dão em oceano (ou este tem muito delas).

      Se, por definição, as nuvens são acumulados visíveis de partículas diminutas de gelo ou água no seu estado líquido, ou a mistura simultânea de ambas, capto-as em foto para ver que o mar começa onde a nuvem acaba. Assim se faz um oceano: com aquilo que a nuvem dá. Por isso, esta, suspensa na atmosfera, após condensação, ou liquefeita, segundo fenómenos atmosféricos, é uma extensão dos tons do mar:

Areal de Bocamar, espraiado entre dunas, nuvens e oceano - I (foto VO)

Areal de Bocamar, espraiado entre dunas, nuvens e oceano - II (foto VO)

       Em "Mar Português", Pessoa escreveu que "Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu." Por vezes, o espelho fica baço, sem o brilho que lhe é próprio. Ainda assim, seduz, por essa amplidão que, do mar ao ar, se pinta de algodão, de flocos a esvoaçar até que as cores do perigo e do abismo se insinuam. Altivos, densos e escuros, lá estão eles a impressionar, num sinal do desconcerto e desarranjo do universo, onde parece ver-se ondas no ar ou um mar de nuvens.

       Ao longo do percurso pelo passadiço, vive-se um final de tarde bem outoniço.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Cantigas... com música (pois está claro!)

      É o que pode ser feito para não se ficar pela letra.

     Quando tanto se fala de cantigas de amor e de amigo e se fica pela letra (poema), nada como apresentar algumas propostas cantadas, para que a noção da poesia enquanto texto e música seja validada.
   Com um breve registo fílmico, compõe-se a exemplificação de quatro trechos musicais, com sonoridades medievas:

Quatro cantigas da lírica trovadoresca (de amor e de amigo)

     Solicita-se a audição na base de algumas pré-questões:
     (i) identificação da cantiga (pelo verso inicial) e do autor;
     (ii) classificação quanto ao género;
     (iii) indicação sumária do assunto tratado;
   (iv) caracterização da melodia escutada (recorrendo a adjetivos sugestivos, a construções do tipo 'Esta música parece-me X', ou outra);
   (v) sentimentos vivenciados pelos alunos aquando da audição e devida justificação.

     Tomadas as notas devidas, conduz-se o resultado para a construção de uma apreciação crítica (isto depois de se ter exemplificado este género textual, com a leitura de um exemplo e a sistematização dos aspetos mais relevantes).
      Passa-se do modelo à planificação de um texto a produzir: um parágrafo com a descrição objetiva do objeto (a atividade de escuta das melodias abordadas em i-iii); outro com o comentário crítico (associado às tarefas iv-v); um final, numa espécie de balanço acerca da atividade dinamizada.
      Segue-se a textualização (a ocorrer na modalidade de oficina; a acontecer em tempo complementar, com a definição de um intervalo de tempo razoável para produção e posterior entrega).
       E assim se dinamiza um trabalho que pode ser intitulado "Notas medievais em pleno ano 2021" ou "Aura medieval em plena aula do século XXI".

        No mínimo, ouviram-se músicas para as tão faladas "cantigas", que vinham só com texto.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Diz o "Bom Português"!

       Não é uma gramática, mas...

       Tudo por causa de reuniões e da realização do verbo 'reunir-se':

RTP Ensina e excerto do programa "Bom Português"

       Caso para dizer que algum povo acerta. Seja lá qual for o grupo, conselho ou associação, estes reuniram-se. E não adianta dizer que "soa" mal. Eu é que fico a suar de cada vez que corrijo isto. 

      ... às vezes dá jeito (e a televisão acerta).