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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Abate dos pulmões... e dos lares

      Quando se fala de ambiente e de preservação do planeta, ...

     É frequente ouvir-se que a Amazónia é o pulmão do mundo. Na importância vital deste amplo espaço para o planeta, regista-se, porém, que a maior parte do oxigénio aí produzido é, desde logo, consumido pela própria floresta amazónica na respiração e na decomposição de animais e plantas. Outros pulmões são essenciais, bem mais dominantes - como os oceanos -, para um planeta tão vasto.
      Diga-se que cada gota está para o mar como cada folha ou ramo germinam da terra. Ambos se complementam e a ameaça de qualquer um deles compromete um equilíbrio necessário.
      Por isso, quando os tempos são incendiários e destruidores do ambiente, faz todo o sentido lembrar, com imagens críticas, o relevo do que se perde:

Era(m) só (de) um mundo mais purificado... Era(m)!

     Cada árvore abatida é um lar destruído, um perigo planetário a aniquilar a sobrevivência dos seres vivos.

      ... fala-se do pulmão que nos ajuda a respirar, mas é bom que não nos esqueçamos do nosso grande lar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Dizem que é dia de Carnaval

      Nestes tempos de Covid-19, já nada é como era.

      Nem o Carnaval.

Estou assim e não fui à festa! (imagem colhida e adaptada do Facebook)
      
      Como?! Onde, quando?!

      Ahhhhh! Não notei nada.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Diz que são 'ecos'

      Haverá, por certo, razões para tal.

      Isto de ver os heterónimos pessoanos como diferentes do ortónimo só em certa medida faz sentido. De resto, é natural que nos primeiros haja ecos do último e vice-versa (quanto mais não seja, porque Caeiro é assumido por Pessoa como o Mestre).
      A ilustração de João Viegas é sintomática destas relações entre criador e seres criados:

Ilustr. João Viegas, in: Um outro lado de Fernando Pessoa (2016)

    Entre o que um pensa e o(s) outro(s) recupera(m), compõem-se as duas faces de uma moeda: na diferença e na diversidade não deixa de se sentir a unidade.

      As pessoas que o autor tem são tantas que qualquer ser humano nelas se reconhece bem.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Dia de Reis no século passado e no presente

     Depois do Natal e da passagem de ano, chega a vez do Dia de Reis.

    Já lá vai o tempo em que a festividade dos reis ficava abrangida pela pausa letiva (e ninguém ficou traumatizado ou aprendeu menos por isso). Hoje, é na vizinha Espanha que se dá importância aos ditos, com a troca de prendas natalícias precisamente na passagem da véspera para o dia de hoje. Faz sentido, atendendo ao facto de os três reis magos - Belchior, Gaspar e Baltazar - também terem levado, ofertado ao menino ouro, incenso e mirra.
     Há mais de um século, outros reis ofereceram ao menino "Futuro" a Democracia, o Socialismo e até mesmo o Niilismo. Trata-se de uma ilustração de Rafael Bordalo Pinheiro, publicada no jornal A Paródia, à data de 7 de janeiro de 1904.

Os Reis (e os presentes), ilustração de Rafael Bordalo Pinheiro (1904)

   Numa alusão aos Reis Magos, Bordalo Pinheiro recriou o episódio do Novo Testamento, num paralelismo com os monarcas da Europa do início do século passado. Montando camelos, vão adorar o "Futuro". Levam-lhe 'ismos' de cariz muito ideológico: o rei de Inglaterra (Eduardo VII) leva o socialismo e a democracia; o czar da Rússia (Nicolau II), o neocristianismo e o niilismo; Francisco José da Áustria, o socialismo; o Kaiser Guilherme II da Alemanha, a social-democracia; o rei de Itália (Vítor Manuel III), o anarquismo e o socialismo; Afonso XIII de Espanha, o cantonalismo e o iberismo; o rei sueco, o separatismo. 
   Um não é soberano: o presidente francês (Loubet).  Oferece o cosmopolitismo e o socialismo. Digamos que, na procissão, este era um a fazer alguma diferença.
     Hoje, a diferença talvez residisse numa dádiva mais comestível:

Os três reis magos e o outro, que não é mag(r)o - tradução e adaptação VO

     Há reis que sabem aproveitar a oportunidade! 

    Não sei se o Futuro ficou bem servido com estes reis (mais um presidente). Hoje diria que o monarca maior seria aquele que presenteasse a atualidade com mais humanismo, sentido de justiça e saúde.

sábado, 14 de novembro de 2020

Confusão na bicharada

       Já lá vai o tempo em que gordura era formosura.

     Em tempos em que o padrão de beleza contraria o adágio popular romântico de que "Gordura é formosura", não só questões estéticas como sanitárias motivam preocupações contemporâneas no corpo das pessoas. Dizia-se ser a epidemia do Século XXI (até que o Covid-19 apareceu). Acrescento que é o desconcerto no reino da bicharada:

Do texugo à vaca, quando de pote e baleia se trata - cartoon de Hugo van der Ding

          Estas expressões idiomáticas, de tão animalizadas, são um autêntico desconcerto no reino animal, para dizer que não há conserto possível. Do pote animalizado à vaca que se diz pote, tinha de vir a baleia assumir-se como vaca. Um caos para o Homem, que se diz um pouco deles todos.
 
         Consertemos a gordura, para não entrar em mais confusões ou baralhar o zoo! (Lá vou eu fazer uma caminhada!)

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Momento do dia... aziago (sexta-feira 13)!

         Aquele momento em que estás a chegar a casa e parece que estás no estrangeiro!

      Não fugi por causa da sexta-feira 13 (não sou parascavedecatriafóbico). Em mais um dia de trabalho, no regresso a casa, deparo-me, numa rotunda à entrada da cidade, com um técnico a arranjar as luzes de... Xmas!

Uma rotunda "Xmas" entre as muitas que deixaram de ter "Feliz Natal" - (Foto VO)

     Lá se vai o Natal (feliz) e o Ano Novo (próspero). Digamos que, assim, o vocabulário fica muito mais internacional e sempre dá aquele toque de ser mais "chique" (porque no e do estrangeiro é que é bom)!
      Lembro-me, então, dessa figura ridícula e exibicionista que é a personagem Dâmaso Salcede, de Os Maias (1888). Nela depositou Eça de Queirós toda uma súmula de vícios - da mesquinhez, à mentira, à desfaçatez, ao provincianismo que a todo o momento faz "estalar o verniz". Tem como preocupação fulcral na vida o "chique a valer"! Arvora-se em galante e apreciador de tudo o que é requintadamente parisiense (ou francês). Não tem morada; tem 'adresse' (à Paris, bien sûre):

Representação de Dâmaso Salcede (cartoon)
     "Pois eu assim que posso, é direitinho para Paris! Aquilo é que é terra! Isto aqui é um chiqueiro... Eu, em não indo lá todos os anos, (...) até começo a andar doente. Aquele Boulevarzinho, hem!... Ai, eu gozo aquilo!... E sei gozar, sei gozar, que eu conheço aquilo a palmo... Tenho até um tio em Paris. (...) É um homem de barbas brancas... Era irmão de minha mãe, chama-se Guimarães. Mas em Paris chamam-lhe Mr. de Guimaran..." 
         (cap. VI, Os Maias)

       Agora o novo-riquismo e os vícios nacionais do primeiro quartel do século XXI são mais para o inglês (ora o "british" ora o do "uncle Sam"). Não é Paris, mas será a terra de Sua Majestade ou os "eStates".

    Há por aí uns Dâmasos mais anglicistas que também acham a sua língua um "chiqueiro", a troco de um "Xmas" iluminado com as cores de um internacionalismo balofo! Tudo tão inchado, enchido e postiço! (E logo eu, que tenho uma costela anglófona).

sábado, 7 de novembro de 2020

Depois da Liberdade, o Redentor...


      Apetece-me cantar o "That's the way / ha ha ha ha / I like it / ha ha ha ha..." (Ti ri ri ri ri ri ri ri ri).
      Tempo para dar o passo em frente: vamos lá, Brasil!

Liberdade e Cristo Redentor cumprindo a salvação!

     Tem que se aprender que a arrogância, a prepotência, a presunção, a boçalidade, o autoritarismo e a mentira não são virtudes nem exemplo para ninguém. Por mais que às vezes ganhem, precisam de saber que "não há mal que nunca acabe" (mesmo que o bem nem sempre dure).

      ... vamos tratar de um vizinho que gosta muito de imitar o mal.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Está quase...!

       A cada dia, à espera...

       Será hoje?! Seria uma boa forma de acabar a semana: pôr fim ao circo político que há muito dura.
      A cada dia a brincadeira já começa a custar. É bom que alguém lhe ponha um fim. Espero que seja um americano, um só que faça a diferença! (Se forem mais, melhor!)
      Um pequeno filme resume bem o que fazer: pôr fim ao gozo do "trumpalhão".

Um herói para tirar a bola ao "trumpalhão" (transferido do Facebook)

     É verdade que quem espera desespera, mas prefiro a versão positiva: quem espera sempre alcança (venha a liberdade de toda a trumpalhada a que temos assistimos de há quatro anos para cá).
       Prepare-se a máscara para afastar o vírus:

A boa ação da Liberdade - cartoon de Vasco Gargalo

      Vá lá! Só mais uma esticadinha e depois...

      Largar!

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Quino: criador, crítico, cartoonista

      A morte chegou aos oitenta e oito anos e vai ficar na memória pela criança que criou.

    É incontornável a associação do argentino Joaquín Salvador Lavado (Quino) à criação da Mafaldinha, essa figura imaginada para um anúncio publicitário (que não chegou a ser difundido) a uma marca de eletrodomésticos. Não publicitou nada, mas acabou por conquistar o mundo da BD e do cartoon.
      Nascido em Espanha, aos dezoito anos (1954) Quino passou a viver em Buenos Aires, em condições que se diz terem sido precárias; cerca de dez anos depois veria algum sucesso com o nascimento dessa criatura infantil na idade, mas adulta nas reflexões - uma menina que quer ser tradutora da ONU (para transformar, no governo do mundo, os insultos em elogios); odeia sopa; idolatra os Beatles; gosta muito da paz, dos direitos das crianças e de ler.
      Com os olhos e as falas desta desconcertante personagem, sábia e contestatária, emerge muito do pensamento do autor, numa reflexão atenta e crítica da atualidade não só argentina como também internacional, com temas como a (des)ordem e o (des)governo do mundo; a luta de classes, o capitalismo e o comunismo; a pobreza e as injustiças sociais; a liberdade e a reivindicação de direitos, entre outros.
        Em tempos de gripes e de contágios, uma tira do diálogo Mafalda-Filipe é bem exemplificativa de uma atualidade e pertinência evidentes:

Tira da Mafalda 1 - Quino

        Ao contrário do Filipe, hoje gostaria de evitar algumas "modernices" nos sacrifícios que se nos impõem. Apetece-me ser Mafalda e gritar:

O grito da revolta da Mafalda em tempos de contágio

    Distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades (2014), eis um crítico do mundo a ver a balbúrdia deste e a reconhecer que não deixa de valer a pena nele viver. RIP.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Ainda a polissemia de 'quadros'

     Entre as mais de quinze aceções dicionarizadas, 'quadro' tem sentido polissémico.

     É com esse jogo lexical que se constrói o cartoon seguinte:

Cartoon - Condições de empregabilidade pouco sustentadas

     Há o quadro do grupo de trabalhadores de uma empresa; há o da pintura, imagem que se exibe no museu. Ambos decorrem de uma só entrada no dicionário; de uma só origem etimológica.

     Não se augura grande futuro no quadro empresarial, a julgar pela Teresinha de "pernas para o ar".

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Há cantos e cantos...

      ... e alguns nada têm a ver com melodias.

     Representar 'canto' como nominalização decorrente do verbo cantar - numa exemplificação do que é uma derivação  não-afixal  - não é passível de confusão com a noção de 'canto' como ângulo de duas paredes que convergem no espaço. À musicalidade implicada do primeiro não se associa a 'quina' ou 'esquina' que alguns veem (mas não ouvem) no segundo.
    E quando a distinção é bem notória, eis que há quem explore aproximações, comicamente configuradas pela homonímia do termo:

Interpretação dos homónimos - com e sem direito a música

    Homónimos são os 'cantos', pela origem diversa dos vocábulos: o com relações musicais proveniente do étimo latino 'cantus'; o de natureza mais geométrica, de 'canthus'. Por mínima que seja a diferença original ou etimológica, esta representa ou motiva dupla entrada no dicionário. Uma mesma escrita (homografia) para um mesmo som (homofonia), mas com significados bem diversos.

      Eu, que prefiro ficar no meu canto, estou mais para o sentido geométrico do que para o musical (para bem de quem tenha tímpanos sensíveis).

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Prenda de Natal muito necessária

     Conjugando duas imagens que têm tudo a ver uma com a outra.

     Primeiro, aquela consabida prova de que as legendas ou notas de rodapé televisivo continuam a ser do melhor (salvo seja!):

Legenda do melhor: mudem o nome dos 'Açores' para 'Açoris' 

      Isto de não saber que o sufixo é '-iano(a)(s)' para o topónimo em causa deve ser um problema decorrente dos próprios 'Açores'- se, para acertar, é preciso mudar o nome, vamos lá aos *'Açoris' (de modo a poder escrever-se 'açorianos' convenientemente).
      Depois a constatação de que a escrita anda pelas ruas da amargura no Facebook:

A prenda devida para muitas circunstâncias da escrita que surge aos nossos olhos

      Não é só nos perfis! (Nem apenas no Facebook, claro está!)

    Enfim, o inegável. Pai Natal, quero o meu dicionário em formato ou suporte eletrónico, se faz favor! (Sim, também preciso. De tão exposto que estou ao erro, começo já a ter demasiadas dúvidas sobre como escrever).

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Um questão de sujeito(s)

     Não se pode dizer que seja novidade! Versão para outro(s) sujeito(s).

     Já se abordou uma questão similar em apontamento anterior: a do sujeito sintático de uma oração que, indevidamente, deu lugar a resposta que, no contexto do apontamento, só fazia sentido na orientação crítica pela política do momento (se é que não é a de todo o sempre).
      Desta feita, a versão da interação é outra:

Cartoon espelhando uma interação infeliz

    A felicidade de um sujeito é questão deveras polifacetada, a julgar pelas respostas dos alunos. Talvez a questão docente não tenha sido a melhor, na interação criada. Nada como explicitar o que se pretende, para que o discurso pedagógico resulte mais ajustado aos objetivos pretendidos. Se de sujeito sintático se trata, é bom que se questione acerca do mesmo, para não saírem outros, indesejados (nem o poético, nem o lírico, nem o discursivo, nem os que os alunos sugerem, na riqueza de "conhecimentos de mundo" que têm).
      Assim preferia, na boca da professora, a questão "Qual é o sujeito sintático da frase?" A variedade de respostas ficava bem mais inoportuna e inadequada (questões básicas de interação que um cartoon põe a nu, se não forem mesmo representativas de situações reais a evitar).
     Cá por mim, para além da questionação a corrigir, também não me ficava pelo sujeito clássico na sintaxe. No caso do nível secundário, por exemplo, apostava nos que surgem invertidos, para que não fique a ideia de que o sujeito sintático é sempre aquele segmento que abre uma frase ou oração (Diz-se que não há questões perfeitas / É interessante que o sujeito esteja no final da frase / À questão da professora responderam os alunos - só para me ficar por alguns casos críticos da localização sintática do sujeito).

       Por aqui me fico, para não ter que dizer que lá se foram os predicados - não os da frase, mas os dos alunos, cujas virtudes ficaram muito a desejar, um pouco também por causa do que a professora perguntou.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Halloween dos nossos dias

       Esgotado, não tenho ânimo para festas de bruxas!

     Ainda assim, não deixo passar o dia do "Trick or treat!" (a minha costela anglófona tem destas coisas). Uma imagenzinha sugestiva veio mesmo a calhar:

Imagem colhida do Facebook, para mais um Halloween.

       Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência. Cuidado com as bruxas high tech! Ainda podem vir de encontro a nós! Enquanto for às árvores, não há tanto problema.

      Fruto de inspiração nos nossos tempos. Já não há bruxas como antigamente (mas "que las hay las hay").

domingo, 27 de outubro de 2019

Passeio em família

      Em pleno domingo, este título faz sentido.

     O que não faz é a família à mesa, cada um dos elementos com o seu dispositivo eletrónico, em modo touch, até que o empregado se aproxima, cumprimenta e aguarda que lhe deem atenção. Os olhos permanecem especados nos aparelhos e os dedos passeiam-se por estes, ora escrevendo ora subindo ora descendo, conforme o que chama a atenção.
    O pedido faz-se quase em monossílabos, vendo-se, de relance, o que tem a ementa e quase sem levantar os olhos. 
      Chegados os pratos, as mãos ficam ocupadas com os talheres, mas, ainda assim, pousa-se a faca para se tocar o ecrã que se iluminou. 
      Depois do almoço em família, continuam juntos, desta feita num passeio pelo parque:


    E assim decorre o domingo, até que, chegados a casa, cada um no seu recanto do sofá, descansam o corpo - não os olhos nem as mãos que, interminavelmente, se passeiam pelo visor ou pelo teclado cada vez mais perto do nariz. 
    Há de chegar o momento de deitar, quem sabe com a mensagem do quarto ao lado a dizer que são horas de dormir - "Boa noite! Até amanhã." -, mais os habituais emojis de despedida:

   
     Depois do conceito de 'amigo', assim fica a atual realidade do 'em família'.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Bem precioso!

     Seja a água...

     Saber continua a ser uma forma de poder. Ignorância não ajuda a fazer escolhas.

Desconhecimento - fazer do perto longe

     Quando se sabe escolhe-se melhor. Quando não se sabe, as escolhas são tão erráticas que nem se faz a opção pelo que está mais à mão / mais perto.
     Sem água não há ser vivo que sobreviva por muito tempo, com ou sem conhecimento; sem conhecimento também há quem possa não chegar ao destino atempadamente, pondo em risco a existência.

     ... seja o conhecimento.

domingo, 15 de setembro de 2019

Polissemia

      Quando o dever não dá lugar a pagamento.

    O dever de obrigação (deôntico) difere do de probabilidade (epistémico). Também há o dever das tarefas solicitadas, o do reconhecimento, mais o das dívidas a pagar (não sendo obrigação, bem que o podiam ser em qualquer dos casos, para evitar a falta, o silêncio e a injustiça). E na confluência de todos, vem o cómico:

Cartoon colhido do 'Facebook'

     Se ao primeiro se associa a atribuição e o reconhecimento (daí 'dever' ser sinónimo de 'atribuir-se'), ao segundo é dado o significado do pagamento ('estar em dívida'). É o que dá o termo ser polissémico (ou, então, o sentido de crise andar muito apurado).

    Mais uma razão para se diversificar o vocabulário nas interações, não vá um aluno pretender brincar com a situação (e o significado das palavras).

      

terça-feira, 19 de março de 2019

Vantagens da leitura...?!

    Não gostaria de ter passado pela leitura disto... mas, já que o fiz, escrevo!

    Acredito que já era tempo de se ter aprendido alguma coisa com tanta apologia da leitura. Primeiro, é certo que quem não lê é mais facilmente manipulado pelo que outros digam (a tirania da ignorância sempre foi demasiado perigosa, particularmente para quem não tem acesso às fontes e passa a crer em qualquer inverdade, se não for falsidade, mentira ou erro). A Mafaldinha tem toda a razão. Segundo, não é menos verdadeira a ideia de que a leitura contribui para um melhor domínio da língua. Só que, neste último caso, a leitura tem que ser bem atenta e modelar, assente no bom exemplo do texto; focada nas realizações da língua e no modo como ela é aplicada, para que, depois, esta (também) se possa refletir noutros desempenhos adequados.
      Ora, considerando este último ponto, não é o que se passa com o que a BD dá a ler na réplica da Mafaldinha:

Recolhido da página 'Educação e Transformação'
(https://www.facebook.com/educaretransformar/photos/a.578929008813997/1160233454016880/?type=3&theater)

      Gostava de dizer que toda a gente sabe que um 'porque' atrai os pronomes (tal como um 'que' ou um 'não'): 'faz-se' > não SE faz; 'diga-se' > que SE diga;' di-lo' > porque O diz. Até a Mafaldinha o parece reconhecer em 'no que TE dizem'. Só que aquele 'porque obriga-te' desfaz toda a convicção no saber desta jovem tão contestária, bem como na força do meu gosto. Apetece-me mesmo dizer "MAFALDA! OUVE BEM O QUE DIZES!"
       Prova de que a lei da atração não é só para a Física nem só para o amor.

     Pois é, Mafaldinha, 'porque TE obriga'... é como devia ser! Tão inteligente és e não antecipas o pronome quando necessário / obrigatório. Acho que precisas de ler um pouco mais, para aprender melhor (especialmente uma gramática). Não há paciência! (Começo a perceber o olhar do Filipe, como se não acreditasse no que está a ouvir, vindo de quem vem). Qual educação, qual transformação!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Conversas reais... destes tempos.

        Um cartoon com muito de verdade.

        São estes os tempos "modernos", com valores muito "seletivos" e poucos agradecimentos.


       Parece ser mais fácil e motivador reclamar. Agradecer, elogiar parecem verbos em desuso. Talvez a natureza conflituosa seja mais característica da nossa condição animal do que propriamente o reconhecimento das qualidades e do bem humanos, bem mais afetivo.

        Eu, porque não gosto de filas, vou continuar a agradecer (mesmo que, por vezes, sinta que devia ser também mais agradecido). 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Homonímia anglófona

     É o que dá ser viciado!

     Assim o demonstra o cartoon seguinte:

     O jogo homonímico (na semelhança gráfica e fónica das palavras) é evidente no inglês.
     Só mesmo um viciado no tabaco para pensar que se proíbe o vestuário.

     Ou é o que dá andar de smoking no dia a dia.