... e alguns nada têm a ver com melodias.
Representar 'canto' como nominalização decorrente do verbo cantar - numa exemplificação do que é uma derivação não-afixal - não é passível de confusão com a noção de 'canto' como ângulo de duas paredes que convergem no espaço. À musicalidade implicada do primeiro não se associa a 'quina' ou 'esquina' que alguns veem (mas não ouvem) no segundo.
E quando a distinção é bem notória, eis que há quem explore aproximações, comicamente configuradas pela homonímia do termo:
Homónimos são os 'cantos', pela origem diversa dos vocábulos: o com relações musicais proveniente do étimo latino 'cantus'; o de natureza mais geométrica, de 'canthus'. Por mínima que seja a diferença original ou etimológica, esta representa ou motiva dupla entrada no dicionário. Uma mesma escrita (homografia) para um mesmo som (homofonia), mas com significados bem diversos.
Eu, que prefiro ficar no meu canto, estou mais para o sentido geométrico do que para o musical (para bem de quem tenha tímpanos sensíveis).
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