A História (sim, escrevo com maiúscula, para não associar a disciplina a uma historieta qualquer) reescreve-se (mal) na televisão.
Tenho vários motivos para relembrar o 1 de dezembro - dos mais pessoais aos mais culturais. Uns tornaram a data feriado nacional; outros nem por isso, por mais importantes que para mim sejam. Já ouvi dizer muita coisa: que é feriado por ser o dia mundial da SIDA (preferível do combate à SIDA), por termos conquistado a independência (reconquistado ou restaurado, seria melhor), por causa do terramoto (com um mês de atraso). E, no meio de tudo isto, até feriado deixou de ser, por uns tempos - por mais que tenha sido dia para as nossas vidas.
Hoje fiquei mais esclarecido quanto à imbecilidade informativa que reina na república:
Foto colhida a partir do ecrã televisivo - hoje na emissão da SICNotícias (Foto VO)
Palavras para quê? Cantam os altos dignitários da nação o hino (da República); regista algum incompetente da informação a assumida ignorância (da História). E assim segue um país, que não valoriza a sua Cultura e História (no âmbito da Educação).
Tendo o ensino da língua, entre várias componentes / dimensões, a da Cultura e da História de um povo, também aquela sofre e reflete a aposta / o apagamento que destas se faz. A evidência de como tudo anda baço, negro (ou mesmo "negro boçal", como diria Padre António Vieira) está aos olhos de todos (mesmo daqueles que irão descobrir, por que razão celebraram, cantaram o [de]feito).
Tendo o ensino da língua, entre várias componentes / dimensões, a da Cultura e da História de um povo, também aquela sofre e reflete a aposta / o apagamento que destas se faz. A evidência de como tudo anda baço, negro (ou mesmo "negro boçal", como diria Padre António Vieira) está aos olhos de todos (mesmo daqueles que irão descobrir, por que razão celebraram, cantaram o [de]feito).
Feriado a um fim de semana é coisa, por certo, escusada. Pior se revela quando se demonstra a agnosia dos tempos, particularmente dando-se a ler algo que não dignifica nenhum tipo de canal televisivo (público ou privado). Ainda vão dizer que temos república há mais de quatro séculos!
Batam palmas, façam festa, ponham a melhor fatiota e esperem pela "Greta" (que vai salvar o mundo com a sua cara de má e o seu "How dare you!"). Triste, tudo muito triste! Estamos a precisar de um novo restaurador para o que há muito se tem vindo a perder.
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