quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um feriado que se foi para o resto das nossas vidas

      Para que se não pense que o feriado é por causa do Dia Mundial da Sida, fica o registo para este dia que vai ser o último (apesar de ser o primeiro do mês) com o estatuto de feriado.

      Dia 1 de dezembro passa a ser dia de trabalho.
     Diz-se que deu muito trabalho quando, em 1640, os "conjurados" (tal como se designou um grupo de conspiradores nacionais que reagiu contra o domínio da coroa castelhana sobre Portugal, o que já durava desde 1580) restauraram a independência portuguesa, lançando, pela janela do Paço da Ribeira, Miguel de Vasconcelos - o secretário da duquesa de Mântua, Margarida de Sabóia, vice-rainha de Portugal em nome de Filipe IV de Espanha.
     D. João IV, o Restaurador, é aclamado rei. A casa dos duques de Bragança ascende ao trono português, mas, desde aí, a entronização nunca deu lugar à colocação da coroa portuguesa nas cabeças reais. Diz-se que esta se encontra em Mafra, no palácio real, visível aos olhares dos visitantes (era bom, era,... não fosse o exemplar feito do melhor latão dourado!).
    É certo que não há imagens reais oficiais dos monarcas da quarta dinastia com tal símbolo monárquico na cabeça, mas despromoverem a data a ponto de não ser feriado é caso para dizer (qual abade Remédios) "Não havia necessidade!"
     Habituemo-nos. 
    Parece que a data não é importante para os portugueses - talvez ainda seja para os monárquicos; mas, em regime republicano, o combate à crise torna-se prioritário e motiva a queda de algumas datas importantes (pelos vistos, nem a da República escapa). 
     Além disso, havia já quem associasse este feriado a outros motivos, outras "guerras" em que o Homem nem sempre sai vencedor.

      Fica 8 de dezembro para celebrar Portugal, pela sua padroeira, e o 10 de junho, pela associação a um poeta português de projeção universal.

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