A propósito de um cortejo no Porto e das reportagens feitas, lá vem o problema clássico: qual o plural de Pai Natal?
As versões do que se ouve são variadas: Pais Natal, Pai Natais, Pais Natais. Questão para perguntar no que ficamos. A formação do plural dos nomes compostos foi sempre um ponto crítico da gramática. Não raro, gramáticas diferentes apontam para cenários distintos num mesmo caso.
Entre a sistematicidade de algumas regras ao nível da flexão e as orientações reconhecidas ao nível do uso, o contraste de número nos nomes compostos não escapa ainda a um processo de lexicalização a que algumas palavras foram já votadas, configurando um conceito próprio, individualizado e, nessa medida, como que uma palavra fixa.
No caso de Pai Natal, uma regra da gramática tradicional aponta para uma construção do tipo 'Nome + Nome / Adjetivo' usualmente marcada com plural em ambos os termos da composição. Há, contudo, algumas excepções a esta regra, nomeadamente nos casos em que o primeiro termo é assumido como um hipónimo do que é perspetivado como termo nuclear (ex.: peixe-espada é um tipo de peixe; bolo-rei é um tipo de bolo; bomba-relógio é um tipo de bomba; uma notícia-bomba é um tipo de notícia). Assim, nestes últimos casos, é o termo sublinhado que marca o contraste de número (> peixes-espada, bolos-rei, bombas-relógio, notícias-bomba). Daí dizer-se que são nomes compostos com subordinação, quanto à natureza sintagmática, para abordar na chamada composição morfossintática (segundo o Dicionário Terminológico). O plural de "Pai Natal" não cabe aqui: 'Natal' entendido seja como nome seja como adjetivo leva 's' (marca de plural), tal como 'Pai' (já que de vários se trata, mesmo que, às vezes, não o sejam).
E, assim, o dia de hoje foi dominado pelos PAIS NATAIS que, no Porto, foram muitos, tendo em vista o objectivo de bater o record do guiness. Muitos até podiam ser pais; outros eram mães; outros ainda seriam mesmo filhos. Conclusão: o Pai Natal não é um tipo de pai. Quando houver mais do que um, saúdem-se os PAIS NATAIS.
No caso de Pai Natal, uma regra da gramática tradicional aponta para uma construção do tipo 'Nome + Nome / Adjetivo' usualmente marcada com plural em ambos os termos da composição. Há, contudo, algumas excepções a esta regra, nomeadamente nos casos em que o primeiro termo é assumido como um hipónimo do que é perspetivado como termo nuclear (ex.: peixe-espada é um tipo de peixe; bolo-rei é um tipo de bolo; bomba-relógio é um tipo de bomba; uma notícia-bomba é um tipo de notícia). Assim, nestes últimos casos, é o termo sublinhado que marca o contraste de número (> peixes-espada, bolos-rei, bombas-relógio, notícias-bomba). Daí dizer-se que são nomes compostos com subordinação, quanto à natureza sintagmática, para abordar na chamada composição morfossintática (segundo o Dicionário Terminológico). O plural de "Pai Natal" não cabe aqui: 'Natal' entendido seja como nome seja como adjetivo leva 's' (marca de plural), tal como 'Pai' (já que de vários se trata, mesmo que, às vezes, não o sejam).
E, assim, o dia de hoje foi dominado pelos PAIS NATAIS que, no Porto, foram muitos, tendo em vista o objectivo de bater o record do guiness. Muitos até podiam ser pais; outros eram mães; outros ainda seriam mesmo filhos. Conclusão: o Pai Natal não é um tipo de pai. Quando houver mais do que um, saúdem-se os PAIS NATAIS.
Sem comentários:
Enviar um comentário