A propósito da formação de palavras (domínio sempre complexo...).
Q: Que resposta damos agora às situações das palavras lexicalizadas? Entram na categoria de morfossintácticas? Os professores perguntam, os manuais e algumas gramáticas novas apresentam informação contraditória.
R: O processo de simplificação da TLEBS configurado no Dicionário Terminológico (DT) acabou por não evidenciar mecanismos complexos e com um alto grau de especificidade no domínio da formação de palavras, muitos dos quais ultrapassam, nomeadamente, o domínio morfológico (como é o caso da lexicalização e o das palavras lexicalizadas). No fundo, há razões semânticas e/ou morfossintácticas para a explicação destes mecanismos, correspondendo a um grau de irregularidade e de complexificação de análise que ultrapassa claramente o público-alvo dos ensinos básico e secundário. Registo, entretanto, que nem todas as palavras lexicalizadas são compostas (ex.: 'corredor' e 'construção' são derivadas); as que o são (ora por deriva semântica ora por alteração morfológica) não podem entrar nas chamadas palavras compostas morfossintácticas. Estas últimas exemplificam situações marcadas por sistematicidade, enquanto a lexicalização actua de forma algo aleatória e /ou pontual.
Há quem prefira tratar estes casos como exemplos já de análise no âmbito da lexicologia e dos processos irregulares de formação de palavras; não deixa de ser funcional recuperar a figura das palavras lexicalizadas e a da lexicalização, para enquadrar a explicação de casos atípicos num processo de formação.
Há quem prefira tratar estes casos como exemplos já de análise no âmbito da lexicologia e dos processos irregulares de formação de palavras; não deixa de ser funcional recuperar a figura das palavras lexicalizadas e a da lexicalização, para enquadrar a explicação de casos atípicos num processo de formação.
Não sendo assim, ficarão por explicar casos clássicos como o 'fidalgo', 'vinagre', 'chapéu de chuva', entre outros.
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