Dia após dia, o tempo vai somando e passando.
Não há tempo para nada e nem sei se o quero. Por isso, iludo-me no caminhar.
Caminho...
num passeio de pensamentos
e na companhia da solidão.
Ouço...
o rumor do mar,
o espraiar das ondas na areia,
recuando após tanta conquista.
Sob um teto de escuridão,
há focos de luz desvelando sombras,
pessoas andando a passo largo no caminho.
Vou de encontro a elas,
sombra sem orientação,
cansando-me num percurso
e tendo ninguém a quem dar a mão.
Sou direita sem esquerda
ou esquerda sem direito a par.
Sou um só, finito,
sem vontade de contar...
Nem números, nem passos, nem história.
Um ser a não querer ser.
Caminho...
num passeio de pensamentos
de mão dada, mas com a solidão.
Apanho com a nevoaça do mar na cara sem acompanhar ninguém.
Um chuvisco que não vem do céu distrai-me do meu pesado pensar.
Não há tempo para nada e nem sei se o quero. Por isso, iludo-me no caminhar.
Caminho...
num passeio de pensamentos
e na companhia da solidão.
Ouço...
o rumor do mar,
o espraiar das ondas na areia,
recuando após tanta conquista.
Sob um teto de escuridão,
há focos de luz desvelando sombras,
pessoas andando a passo largo no caminho.
Vou de encontro a elas,
sombra sem orientação,
cansando-me num percurso
e tendo ninguém a quem dar a mão.
Sou direita sem esquerda
ou esquerda sem direito a par.
Sou um só, finito,
sem vontade de contar...
Nem números, nem passos, nem história.
Um ser a não querer ser.
Caminho...
num passeio de pensamentos
de mão dada, mas com a solidão.
Apanho com a nevoaça do mar na cara sem acompanhar ninguém.
Um chuvisco que não vem do céu distrai-me do meu pesado pensar.
Olá, Vítor
ResponderEliminarEntrei agora na Carruagem 23 e vi o poema "Caminho, caminhar, caminhando" com uma bela fotografia.
Mas achei que o sujeito poético estava triste. Prefiro pensar que era apenas o sujeito poético!
Continua a caminhar junto ao mar e que nele brilhe beleza e harmonia.
Feliz Ano Novo
Um abraço
Olá, Dolores.
ResponderEliminarSão clássicas as discussões quanto à relação do sujeito poético com o autor. Entre aproximações e afastamentos, há um vai-e-vem(ou vaivém) cujas fronteiras ficam muitas vezes na indefinição, numa terra de ninguém (ou, como dizem os ingleses, numa "no man's land").
Às vezes, sinto-me 'no man', 'no land'. Beleza só a do mar; harmonia... talvez... um dia!
Bom ano, com tudo o que de bom ele te possa trazer.
Obrigado pelo cuidado e pela atenção.
Beijinho.