Há quem diga que a sintaxe é o lado mais lógico da língua.
Para mim, e a julgar pelo cartoon, é o domínio pleno da razão aplicado por alguns estudantes, a julgar pelo registo (ainda que cómico) da imagem seguinte:
Se os meus alunos me respondessem assim, teria por certo dado uma gargalhada, por mais que o assunto seja sério e sinta a desonestidade política no meu bolso. Ainda assim, a resposta do jovem não seria o sujeito da oração ('o eleitor'), mas um sujeito que fica para lá da sintaxe.
Ao contrário da frase do quadro, não confio nos políticos nem na pretensa honestidade deles. Assim, afasto-me da condição do idiota, mencionada pelo jovem, ainda que me sinta desse modo por me ter sido escandalosamente tirado aquilo a que tenho direito pelo trabalho prestado. Reduziram-me o salário, e com a autorização das autoridades políticas e governamentais deste país.
Desculpa, Vítor, mas discordo: o que foi «escandalosamente tirado» ao teu ordenado não foi autorizado, FOI ORDENADO pelas «autoridades deste país»! O seu a seu dono: neste caso, o agente da passiva é que é o sujeito ativo do tirar.
ResponderEliminarComo te compreendo, amigo!
EliminarDesculpa a minha ingenuidade. Ainda é(?) / era a implícita crença de que havia autoridades que poderiam impedir tal injustiça.
Quanto a mim, claro que não autorizei o roubo, nem a referencialidade do 'me', no papel semântico de beneficiário, me deixa em nada satisfeito.
Só perder, continuamente e a todos os níveis.
As "ordens" das "autoridades deste país" são a prova da desordem.
Voltai, Robin dos Bosques e Zé do Telhado, que estais perdoados!
Obrigado pelo comentário e forte abraço.