Dia de encontro formativo para falar de... oralidade.
O encontro resultou de um convite para dinamizar uma sessão de formação sobre a oralidade, o papel deste domínio nas aulas de línguas e a algumas formas de a(tua)ção para o seu ensino e a sua avaliação.
Assim, desloquei-me até à Escola Secundária Eça de Queirós, na Póvoa do Varzim. A imponência do edifício faz-se sentir, a do nome referencial da cultura e literatura oitocentista também. A impressão foi francamente positiva, num edifício que não sofreu intervenção da Parque Escolar E. P. E.; que tem aspeto para dar e durar (contrariamente às que foram objeto de remodelação e/ou reconstrução); que deixa transparecer uma organização, um clima profissional e uma atenção à formação dignos de apontamento, até pela iniciativa desenvolvida (em termos tanto de departamento como de divulgação junto de outros docentes de escolas circundantes).
Imagem da fachada da Escola Secundária Eça de Queirós (no diploma de participação / dinamização da ação)
Ao longo de duas horas, procurei cumprir o que anunciei como a articulação de um domínio ao serviço de outros saberes, explorando pontes que, sem descon-siderar especifici-dades do oral, contribuem para práticas de ensino-aprendizagem mais integradas (para que não se encare este último como algo mais a trabalhar e ao qual ora se resiste, pela inevitável argumentação da falta de tempo, ora se toma como menos indispensável face às exigências dominantemente escritas nas avaliações interna e externa).
Na sequência de outras experiências formativas, de reflexões partilhadas com vários docentes, não deixaram de ser facultados materiais e instrumentos que põem em relevo a necessária atitude analítica, avaliativa das realizações fa-cultadas; a cons-trução de critérios e indicadores de de-sempenho na orien-tação dos processos de ensino-aprendizagem; a consideração de que o oral admite áreas de convergência com o escrito, de modo a que as oportunidades de trabalho criadas perspetivem ambos os domínios como as duas faces de uma mesma moeda que é a língua.
Ainda que o encontro formativo tenha sido reduzido e pontual no tempo dispensado, fica a expectativa de que ele venha a multiplicar-se nas reflexões e nas orientações capazes de enformar futuras opções práticas.
Depois de ter dinamizado uma experiência com vinte horas de formação sobre este mesmo tema, senti-me, neste par de horas, como que a meter o Rossio numa betesga; ainda assim, pode ser que esta última fique sempre mais povoada com os rumores da praça.
O tema é muito importante nas aulas de língua(s). Tive a sorte de poder participar da Ação de Formação de 20 horas que dinamizaste na ESG.
ResponderEliminarA foto que mostras faz-me lembrar a ESG "velha", como muitas vezes dizemos.
Apesar da melhoria de alguns espaços - nomeadamente, laboratórios - a escola velha deixa saudades. Por incrível que pareça, as salas de aula eram maiores!
Lembra-me uma máxima que sempre ouvi: "grande nau, grande tormenta!"
Abraço
Dolores
Acredita que, apesar de ser uma escola da tipologia dos liceus nacionais, a ESEQ tinha muito do que a nossa velhinha escola faz lembrar: limpeza, organização, identidade. Respira-se liderança(s) forte(s) e interesse em remar no mesmo sentido.
EliminarNa nossa, teria bastado intervencionar laboratórios e aumentar alguns espaços. Sinto-a despersonalizada, disfuncional e sem condições de (grande) sobrevivência ao tempo.
Cheguei a desejar que a ESEQ fosse a minha escola.
Beijinho.