Popularmente considerado o dia do azar (ou dia aziago), a combinação sexta-feira 13 é marcante.
Depois de doze (fecho de um ciclo, de uma totalidade, para além da associação ao número três), o treze é número infortunado. A questão é tão significativa quanto já ter dado nome a fobia: a tricaidescafobia ou o medo do número treze. No Tarot, a carta com este número representa a Morte. Comer com treze pessoas à mesa é considerado mau sinal desde a Santa Ceia (já que Jesus e Judas saíram dela para morrer) ou, quanto mais não seja, porque os jogos de copos, talheres e pratos costumam ficar-se pelos doze.
Depois de doze (fecho de um ciclo, de uma totalidade, para além da associação ao número três), o treze é número infortunado. A questão é tão significativa quanto já ter dado nome a fobia: a tricaidescafobia ou o medo do número treze. No Tarot, a carta com este número representa a Morte. Comer com treze pessoas à mesa é considerado mau sinal desde a Santa Ceia (já que Jesus e Judas saíram dela para morrer) ou, quanto mais não seja, porque os jogos de copos, talheres e pratos costumam ficar-se pelos doze.
De sexta-feira, diz-se que foi o dia em que aconteceu o dilúvio; que Cristo morreu (sexta-feira da Paixão). A tradição escandinava refere que a deusa do amor e da beleza era Friga (compare-se com Friday e Freitag, no inglês e no alemão, respetivamente), convertida a bruxa pelo cristianismo. Como vingança, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas, mais o demónio, rogando todos os treze pragas aos humanos.
Segundo ainda o cristianismo e na versão facultada por Dan Brown no romance O Código Da Vinci (2003), há um evento de má sorte associado a uma sexta-feira, com a data de 13 de outubro de 1307 - quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal e herética, por ação do rei Filipe IV de França, e os seus membros foram presos, torturados e executados, ao mesmo tempo, por todo o país. Assim dita o romance no seu capítulo XXXVII (pág. 195 da 9ª edição da Bertrand):
"Ninguém sabia de certeza se os Cavaleiros tinham feito chantagem com o Vaticano ou se a Igreja tentara simplesmente comprar-lhes o silêncio, mas a verdade é que o Papa Inocêncio II emitiu de imediato uma bula sem precedentes que conferia aos Cavaleiros poderes ilimitados e os considerava «uma lei em si mesmos» - um exército autónomo, independente de quaisquer interferências de reis ou prelados, fosse ela religiosa ou política.
Com a carta-branca que lhes fora dada pelo Vaticano, os Cavaleiros do Templo cresceram a uma velocidade espantosa, tanto em números como em poder político, adquirindo vastas propriedades numa dúzia de países. Começaram a emprestar dinheiro a reis arruinados, cobrando juros, criando assim o moderno sistema bancário e aumentando ainda mais a sua riqueza e influência.
Com a carta-branca que lhes fora dada pelo Vaticano, os Cavaleiros do Templo cresceram a uma velocidade espantosa, tanto em números como em poder político, adquirindo vastas propriedades numa dúzia de países. Começaram a emprestar dinheiro a reis arruinados, cobrando juros, criando assim o moderno sistema bancário e aumentando ainda mais a sua riqueza e influência.
Por volta de 1300, a sanção do Vaticano ajudara os Templários a amassar tanto poder que o Papa Clemente V decidiu que era preciso fazer qualquer coisa. Em conluio com Filipe IV de França, maquinou um engenhoso plano para esmagar os Templários e apoderar-se dos tesouros da ordem, assumindo deste modo o controlo dos segredos com que ameaçavam o Vaticano. Numa operação militar digna da CIA, o Papa Clemente emitiu ordens seladas que deviam ser simultaneamente abertas pelos seus soldados em toda a Europa na sexta-feira 13 de Outubro de 1307.
Na madrugada dessa sexta-feira, os selos foram quebrados e o espantoso conteúdo das ordens revelado. Na sua carta, Clemente afirmava que Deus o visitara numa visão e o avisara de que os Cavaleiros do Templo eram heréticos, culpados de prestar culto ao diabo, de homossexualidade, de profanar a cruz, de sodomia e de outros comportamentos blasfemos. E Deus pedira-lhe então que lavasse a face da Terra arrebanhando todos os Templários e torturando-os até que confessassem os seus pecados contra Ele. A maquiavélica operação de Clemente funcionou com a precisão de um relógio, nesse mesmo dia, inúmeros Cavaleiros foram presos, impiedosamente torturados e finalmente queimados na fogueira como heréticos. Os ecos da tragédia ressoavam ainda na cultura moderna: a sexta-feira 13 passou a ser para sempre considerado um dia de azar."
À maneira de Alexandre Herculano, diria que com isto não perco nem ganho. E não me perguntem se foi mesmo assim. Se o conto, é porque mo foi dado a ler, para saber de tanto azar relacionado com este dia.
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