Cumpre-se o ciclo, marca-se o tempo...
... e na contínua passagem da vida - mesmo quando nela tudo esfria e se apaga -, há sempre o nascimento.
Naquele que foi o décimo mês do ano (detetável ainda na sua etimológica designação), prepara-se o fecho de um ciclo, para que nova porta se abra (tal como janeiro o sugere, nessa aproximação a Jano - o deus romano das portas, do fecho e do início de tudo). É o tempo da terra coberta no rigor do frio e na brancura que queima e se derrete para bem do futuro. Talvez por isso tenha havido quem fez deste o tempo para nascimento do "ungido", do libertador da adversidade - em suma, do Messias.
Entre o mal e o bem, a escassez e a fartura, o vivido e o ansiado, a natureza humana procura comungar nas diferenças e na crença de que, na união, se acha a força e a esperança de encontrar o que mais nos aproxima.
E assim passamos...
E assim passamos...
... resistimos...
... duramos...
No frio e na chuva deste dia, encontre-se o calor e o valor deste tempo que dará lugar a novas primaveras. Votos de um bom Natal para todos.
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