domingo, 28 de julho de 2013

O primeiro dos últimos

      Apetecia-me ser o rei Juan Carlos de Espanha e dizer "Por qué no te callas?"

      Palavras... para quê?
    Na utilização do modo conjuntivo do verbo 'ter' a coisa até saiu bem, em termos de acentuação fónica; contudo, no caso do verbo 'ser' (que, por acaso, é morfologicamente da mesmíssima flexão verbal face ao verbo anterior - ou seja, de vogal temática 'e' ou da segunda conjugação) a crise instalou-se:


       Com um incendiário destes na língua não há bombeiro que possa combater o fogo. É uma lástima!
      Com os "altos" dignitários da nação a comportarem-se desta forma (e já não foi nem uma nem duas), não há política da língua que resista nem falante que creia no que é dito (atendendo a quem o diz).

      Sem crédito (e a vários níveis), para nossa completa infelicidade linguística (para não falar de outras).

2 comentários:

  1. Caro Vítor,

    ele só nasceu em Coimbra, todas as suas raízes culturais são de Vila Real. Eu, que as minhas maternas tenho para lá da fronteira, pois Pombal de Ansiães fica já no sul do distrito de Bragança. mas repassando a foz do Tua já estou em Alijó, por exemplo,

    e se lá fores à vindima, como é?, "Sejemos práticos com o vasilhame!".

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    1. Pois olha, portuense que sou, esqueceria o "basilhame" e ficava-me pelo "binho".
      "Bailha-me Deus!"
      Por mais respeitáveis que sejam as variedades em termos linguísticos, o sentido de adequação ultrapassa as origens geográficas e o valor sociolinguístico das realizações da língua.
      E mais "num digo"!
      PRONTOS.

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