sábado, 16 de janeiro de 2010

Calor humano em tempo frio com chuva

   Contra ventos e marés (porque houve muita chuva e algum vento a lembrar o frio), persistem os resistentes: professores motivados, em busca de partilha e encontros profissionalmente orientados para formação na área disciplinar. Ao sábado.


   E foram muitos (cerca de 300) os que, no Porto, partilharam comigo mais um dia de trabalho e de reflexão sobre o ensino da gramática.

   Foi tempo para se falar
. do contexto do novo programa de Português no ensino básico;
. de algumas conclusões de leitura desse programa;
. de especificidades de 1º, 2º e 3º ciclos, bem como de propostas de anualização ao nível do conhecimento explícito da língua;
. do programa do ensino secundário e de como, regressivamente, a articulação básico-secundário se refez;
. do que seja a progressão em dois casos concretos de conteúdos linguísticos;
. de metodologias de trabalho, no que ao ensino da gramática diz respeito;
. de vantagens na articulação de domínios (interface sintaxe-semântica);
. de exemplos de trabalho / materiais com pouca terminologia;
. de gramática em contexto e com sentido.
    E tanto mais havia para dizer, para perguntar e esclarecer.

   Ficaram reflexões, pistas, linhas de acção, propostas de trabalho e orientações para que se aproveite uma oportunidade para constituir grupos de trabalho, parcerias e redes de comunicação que propiciem melhores condições para o muito trabalho que há a fazer. E o agradecimento a todos os que estiveram presentes (de longe e de perto), inclusive aos organizadores e aos que me dirigiram a sua palavra de apreço.

7 comentários:

  1. Estive lá! E fui de Lisboa!
    Arrumei umas quantas ideias.
    Vou voltar ao blog de vez em quando!
    Até um destes dias.
    Regina

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  2. Professor,

    Antes de mais, é preciso ter muita categoria para ter o próprio nome num cartaz destes (por isso é que é o meu mestre; D)!
    Gostei bastante dos temas de trabalho, isto porque alguns deles me suscitam bastantes dúvidas (quem sabe se não foram esclarecidas nesta acção de formação).
    Se pudesse, ter-me-ia 'infiltrado' para assistir, mas não posso... talvez daqui por uns aninhos já possa. EhEhEhEh

    Bjinhus
    E até um próximo encontro nos corredores da ESG.

    VS

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  3. Ó amiga,

    A menina lá sabe... Faça o favor. :)
    A FLUP tem bons professores, o curso é bom e para quem gosta de ler tanto tem meio caminho andado. Quem sabe se, depois dos corredores da ESG, nos tornamos colegas nos da FLUP. Nos próximos dois aninhos, no mínimo, por lá andarei.
    Bjs.
    VO

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  4. Caro colega,

    Como aprecio muito o manual 'Das Palavras aos Actos', estive hoje na excelente acção de formação dinamizada pelo Vítor no Porto. Relativamente a uma explicação que deu, agradecia imenso se me pudesse dar uma informação. Sempre considerei, tal como referiu o Vítor, que no Imperativo apenas existe a 2.ª pessoa e a forma afirmativa; e que, em todos os outros casos, se usa o presente do conjuntivo com valor imperativo. No entanto, como todas as gramáticas escolares recentes que tenho consultado ultimamente consideram a conjugação do imperativo em todas as pessoas e na forma negativa (coincidindo com o presente do conjuntivo), tenho explicado aos alunos que me parece ser essa a posição dominante da gramática actual, na linha do que é considerado na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra (mas que eu julgava estar mais de acordo com a nomenclatura brasileira). Ora, quando hoje ouvi o Vítor afirmar de forma tão categórica que o Imperativo apenas conta com a 2.ª pessoa e a forma afirmativa, percebi que continua então a ser essa a posição "oficial" em Portugal. Sendo assim, será possível o Vítor indicar-me que gramática(s) (ou outros estudos) validam inequivocamente esta posição relativamente ao Imperativo, para assim todos os colegas da escola passarem a adoptá-la (visto que não é isso que acontece actualmente).

    Muito obrigado e mais uma vez muitos parabéns pelo seu trabalho.

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  5. Caríssimo colega Manuel Seixas,

    Conduzirei a resposta ao solicitado para um 'post' autónomo, na linha de alguns outros que se têm constituído como momentos de partilha e de abordagem de conteúdos gramaticais.

    Agradeço as suas palavras simpáticas, o seu interesse e a sua presença no encontro.
    VO

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  6. Também estive neste encontro e fui de Bragança. Não dei a viagem por perdida. Foi verdadeiramente gratificante assistir a uma abordagem inovadora, coerente, pertinente e esclarecedora do novo Programa de Português do Ensino Básico, numa interligação de domínios e assegurando o respeito pela progressão.

    A qualidade da sessão é aquela que a presença deste orador garante; portanto, sempre que puder, marcarei presença nestes encontros.

    Este blogue é ponto de passagem semanal quase obrigatório. Fica, infelizmente, pouco tempo para comentar, o que lamento, pois a riqueza do que o Vítor deixa aqui merece que ele saiba que é lido e apreciado.

    Parabéns. Vou continuar deste lado, muitas vezes só à espreita, noutras abrirei a porta e entrarei, como hoje.

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  7. Deus meu,

    Assim até fico corado!
    Agradeço as palavras, o(s) reencontro(s) e o facto de apanhares "o comboio com a Carruagem 23".
    Não nego que é bom saber que há quem leia estas minhas notas. De Bragança ao Brasil, o mundo vai ficando mais pequeno neste percurso "virtual".

    Muito obrigado por tudo (pelo passado, pelo presente e pelo que o futuro trará).

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