Fica o registo de que o dia deu em chuva.
E, mesmo assim, foi dia para se viver (bem).
DOMINGO DE CHUVA
O domingo deu em chuva.
Depois da noite e do vento quentes,
veio um dia fechado, dizem
- sem sol, de céu carregado, com chuva,
mas aberto ao lavar da alma.
Não era possível falarmos.
Restava-nos ouvir o embate
duro e diluviano da chuva.
Seguimos... por retas e curvas.
Cumprimos o trajeto de um bom domingo,
aguado, relampejado, trovejado...
entre montes veiados de caminhos,
E assim, nas horas partilhadas,
provámos que o tempo não faz o dia.
Na água luzente com trovão molhado,
cumpriu-se a rota, rumo à alegria.
Foi domingo.
Seria fechado?
Esteve de chuva...
Este foi o balanço de um dia que quase tudo teve no que nunca se desejou.
E, mesmo assim, foi dia para se viver (bem).
DOMINGO DE CHUVA
O domingo deu em chuva.
Depois da noite e do vento quentes,
veio um dia fechado, dizem
- sem sol, de céu carregado, com chuva,
mas aberto ao lavar da alma.
Não era possível falarmos.
Restava-nos ouvir o embate
duro e diluviano da chuva.
Seguimos... por retas e curvas.
Cumprimos o trajeto de um bom domingo,
aguado, relampejado, trovejado...
entre montes veiados de caminhos,
E assim, nas horas partilhadas,
provámos que o tempo não faz o dia.
Na água luzente com trovão molhado,
cumpriu-se a rota, rumo à alegria.
Foi domingo.
Seria fechado?
Esteve de chuva...
Este foi o balanço de um dia que quase tudo teve no que nunca se desejou.
Para os tristes dias soalheiros, há sempre aqueles outros que, entre as lágrimas da alma e as do céu, recebem algum do sal da vida para o destempero dos tempos. Talvez por isso o heterónimo pessoano Alberto Caeiro veja a beleza que um dia de chuva tem, tal como um dia de sol.
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