Como é possível acontecer isto? Mal chego a Saïdia dão-me uma pulseira (para não largar).
Eu já tinha ouvido falar de pulseiras electrónicas, mas uma de plástico, com furinhos...
Sinto-me como alguém a dar entrada no presídio, a ser punido (e só estou a ser protegido), condicionado (qual João Vale e Azevedo, só que em Marrocos e sem roubos), lançado para o meio de tantos outros a viverem a mesma condição: a da pulseira roxa (que dizem só ser retirada no check-out!).
Em fase inicial desta estada, lá vou ter que me habituar a um corpo estranho colado à pele (não bastasse já sentir a poeira e o calor pegajosos) que só dão vontade de estar dentro de água.
Assim seja!
Sinto-me como alguém a dar entrada no presídio, a ser punido (e só estou a ser protegido), condicionado (qual João Vale e Azevedo, só que em Marrocos e sem roubos), lançado para o meio de tantos outros a viverem a mesma condição: a da pulseira roxa (que dizem só ser retirada no check-out!).
Em fase inicial desta estada, lá vou ter que me habituar a um corpo estranho colado à pele (não bastasse já sentir a poeira e o calor pegajosos) que só dão vontade de estar dentro de água.
Assim seja!
É o que me resta para o tempo que vou ficar neste enclave turístico, em continente africano. No meio de tanta terra-pó com a cor e o bafo quente do deserto, de contrabando de gasolina e de petróleo, de vendedores ambulantes de figos da Índia (nascidos em cactos rasteiros e espinhudos), de povoações deprimentes e casas abandonadas, de círculos de homens escuros sentados à sombra das árvores à espera do fim do horário do Ramadão (...E as mulheres? Onde estão?), de ruas movimentadas por motas e carros empoeirados, sujos, enferrujados e amassados (de modelos que já lá vão), eis que me aparece um paraíso protegido de tudo o resto: com direito a piscina, a restaurantes e saída autorizada (vigiada) para o mar.
Como é possível fazerem-me isto!
Como é possível fazerem-me isto!
Que é que eu fiz!
At last... but not the least..., eis senão quando só falam árabe marrocci (magrebe, que eu entendo perfeitamente! Se ainda fosse árabe clássico, punha as frasezinhas da Fúria Divina em acção) ou, então, espanhol ou francês.
Et voilá! Tout ce que je voulais... aller en vacances pour parler français. Hélas! C' est l'enfer!
Lá vou eu ter de falar à Monsieur Sarko. Prefiro à la Bruni.
Lá vou eu ter de falar à Monsieur Sarko. Prefiro à la Bruni.
Olá, Vítor.
ResponderEliminarO título do texto está sugestivo. Deves ter, então,ficado com a marquinha da pulseira. Deixa lá, porque a de cadastrado é na perna (julgo eu!) e essa, sim, é bem pior.
Assim como assim, deve ter sido uma boa experiência, só que, feliz ou infelizmente,a perfeição é difícil de alcançar.
Agora, a terra e o mar mais fresquinhos ajudarão a recompor outras energias.
Olá, Dolores.
ResponderEliminarJá não há marquinha, porque (qual cobra em mudança de pele) estou a ficar branquinho outra vez (ou, então, foram os banhitos que tiraram definitivamente a poeira, que me dava um ar morenaço de fazer inveja).
Foi uma ótima experiência; por isso, gostava de lá voltar para visitar outros pontos marroquinos.
Esperemos que as "outras" energias surjam!
Beijinho e continuação de boas férias e/ou ótimo repouso.
VO