Faz alguns anos; melhor, algumas décadas. Enfim, já se pode dizer que é do século passado.
Havia alguma coisa de sedutor no "Vitinho", quanto mais não fosse porque o anunciar da "hora da caminha" acabava por dar lugar ao gosto de ir além do permitido. O fruto proibido foi sempre o mais apetecido: "só mais um bocadinho!" (o filme que vinha de seguida era sempre melhor!). Se não vinha a permissão, não havia mal, porque o amiguinho televisivo já tinha ido dormir também.
Mudaram o tempo, as vozes, a letra, a melodia...
Mudaram o tempo, as vozes, a letra, a melodia...
Montagem com as músicas do Vitinho (RTP), entre 1986-1997
Hoje o "Vitinho" ("Bitinho" à moda do "Nuorte") soa a afecto, a proximidade na boca de alguns alunos - diminutivo autorizado para aqueles que ainda sabem que, além do "Trabalho, trabalho e mais trabalho", há tempo para rir, brincar e sorrir, quando se está a aprender; quando se disfarça a dificuldade, o esforço solicitados na conquista do saber e do saber-fazer.
Para outros, à moda do Sermão de Santo António, parece não haver senão "fel", qual Santo Peixe de Tobias (que não deixou de ser louvado, por curar a "cegueira" daqueles que não viam ou não vêem... ou não querem ver).
Com o agradecimento à VS, por me ter feito relembrar alguma coisa feliz de um passado que (ainda) resiste. Às vezes, é bom dar espaço às lembranças.
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