Festividade do Porto, ao santo escolhido por coração.
Do padroeiro Pantaleão à padroeira Vandôma, o Porto vive hoje a noite do seu santo de coração: a noite de São João.
Noite de São João, tela de Alberto da Veiga Guignard (pintor fluminense), 1961
voa na noite um balão;
cheira-se o manjerico
passando a palma da mão.
Os copos escorrem vinho;
há sardinha assada e pão;
romaria e alho-porro
são sinais da tradição;
martelinhos na cabeça
completam a animação.
Natureza mais o Homem
- na vontade e na união -
têm motivos dobrados
para tal celebração.
Populares saúdam santos,
enlevando o pagão.
Na cascata, corre a água
do baptismo no Jordão
- acreditar no Messias
é ver dor e salvação;
na figura do cordeiro,
há sacrifício e paixão.
- acreditar no Messias
é ver dor e salvação;
na figura do cordeiro,
há sacrifício e paixão.
Na cidade, a orvalhada
aviva a manhã de verão.
Vai-se a escuridão do demo;
vem o dia de S. João.
Espinho
Passe a noite, chegue o dia; corra o ano, cumpra-se o ciclo e prepare-se a festa: a do fim e do início do Mundo; a da natureza humana em transgressão.
Enquanto houver caldo verde, broa e sardinha, há sempre razão para o São João.
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