Uma música, um poema, uma aula.
Entre a descoberta do poema e da música, ficou o cruzamento de crenças, culturas e saberes que nos aproximam.
Morrer No Mar
Entre a descoberta do poema e da música, ficou o cruzamento de crenças, culturas e saberes que nos aproximam.
Morrer No Mar
Iemanjá, mãe de quase todos os orixás
nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio foi
foi de tristeza para mim
saveiro voltou sozinho
triste noite foi para mim
É doce morrer no mar
nas ondas verdes do mar
Saveiro partiu de noite e foi
madrugada não voltou
o marinheiro bonito
sereia do mar levou
Nas ondas verdes do mar meu bem
ele se foi afogar
fez sua cama de noivo
no colo de Iemanjá
É doce morrer no mar
nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio foi
foi de tristeza para mim
saveiro voltou sozinho
triste noite foi para mim
É doce morrer no mar
nas ondas verdes do mar
Saveiro partiu de noite e foi
madrugada não voltou
o marinheiro bonito
sereia do mar levou
Nas ondas verdes do mar meu bem
ele se foi afogar
fez sua cama de noivo
no colo de Iemanjá
É doce morrer no mar
nas ondas verdes do mar
CAYMMI, Dorival (s.d.) – “É doce morrer no mar”
(incluído no CD Café Atlântico, 1999, de Cesária Évora).
Entre as vozes do Brasil (Marisa Monte) e Cabo Verde (Cesária Évora), há sempre lugar para o Português.
Retoma-se um momento feliz num trabalho de seminário para estágio, com a planificação de uma aula sobre o texto poético e as variedades linguísticas e culturais do Português (do Brasil).
Agora, mais do que navegar, vamos todos "comboiar"!
ResponderEliminarTambém, vamos bem embaladinhos, percorrendo paisagens feitas de palavras com sabores bem diferentes!Ou não fosse esta uma famosa carruagem 23 - do Minho até Lisboa - na qual eu nunca viajei, mas, já ouvi dizer que há quem "já lá fosse muito feliz"...
Bjos
e boas viagens para todos nós!
Isaura
olá Vítor
ResponderEliminarAqui fica um contributo para um próximo seminário desse tipo. O autor do poema é José Paulo Paes.
ResponderEliminar-----------LISBOA: AVENTURAS
tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um eléctrico
pedi cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
só vendiam peúgas
fui dar à descarga
disparei um autoclismo
gritei «ó cara!»
responderam-me «ó pá»
positivamente
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá
---
Do mesmo autor deixo-te ainda esta «compra»:
AO SHOPPING CENTER
Pelos teus círculos
vagamos sem rumo
nós almas penadas
do mundo do consumo.
De elevador ao céu
pela escada ao inferno:
os extremos se tocam
no castigo eterno.
Cada loja é um novo
prego em nossa cruz.
Por mais que compremos
estamos sempre nus
nós que por teus círculos
vagamos sem perdão
à espera (até quando?)
da Grande Liquidação.
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VB.
Não sei se já te disse, Vítor, mas adorei esta música.
ResponderEliminarUm abraço
Dolores
Ainda bem que gostaste. Já somos dois, entre muitos outros, por certo.
ResponderEliminarO poema é lindo também e já deu uma aula.
Bom ano, bom recomeço e muita coragem para nos aturares (Que grupo!)
Beijinho.