Em tempo de fim de um ciclo, há um outro prestes a começar.
No desgaste físico do que estes tempos oferecem (sem referências, sem sustentabilidade, sem ideias, sem projectos de acção credíveis... sem sol de confiança), lembrei-me de uma canção de Djavan.
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braille
Do que você decidir se dá ou não
Se na letra da canção há um 'se' voltado para o desafio, esse mesmo 'se' pode ser lido como limitação. Também nos 'se' destes tempos, muitos são já pressentidos na atitude do que der e vier (face a um tempo feito de incertezas, incoerências e inconsistências). Seria bom que (ou se...) um novo ciclo viesse, diferente em tudo do que foi o último.
Caso para perguntar: E se...?
As fotos que lhe fizeram lembrar esta música :)
ResponderEliminarEssas fotos eram de um 'se' muito pouco duvidoso... E as fotos não me fizeram lembrar esta música; o que verdadeiramente aconteceu foi a música ter sido lembrada pelas fotos. É diferente!
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