Não são novidade, por certo, vindas... de quem ou de onde?
Há para todos os gostos: das mais presidenciais às mais ministeriais, para não falar de outras proferidas em comissões de inquérito, junto de deputados.
Começo a acreditar que não interessa de quem vêm. Talvez o problema esteja mesmo no local, que acolhe quem menos está preparado na língua (às vezes, noutras coisas mais, a julgar pela forma como lá chegaram e pelo que não tiveram de provar, só por pertencerem a uns grupos políticos que os içam por razões dúbias).
Se o senhor ministro põe a mão na cabeça, eu ponho as duas mãos à cabeça com tanta irregularidade e incorreção nas formas verbais:
Excerto do programa televisivo da Assembleia da República
Bem lá diz o povo que "Não há duas sem três": depois do 'intervieram' que não saiu (quando assim devia ser), duas vezes se ouviu o presente do conjuntivo do verbo 'ter' na pior forma (E não era eco, não)! Ambas foram convictamente ditas pela mesma boca que o disparou. MAL! MUITO MAL!
Já não basta haver quem diga "tenhamos" como palavra esdrúxula (acentuando fonicamente a sílaba [te], quando deveria fazer tal com [nha]) e, agora, vem esta nova versão da conjugação (em modo ministerial, sublinhe-se).
Desde quando? De quem? De onde? Nunca! Ninguém! Nenhures! Negação plena no uso correto da língua. Quem não dá bom exemplo deixa muitos em tormento (não é provérbio, mas bem que o poderia ser). E mais não digo!
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