Porque a escrita é um domínio complexo, exigente, a requerer muitas entradas / saídas para a aprimorar.
Há dias, numa consulta de algumas obras que abordassem a questão da escrita - na perspetiva da transposição didática -, encontrei a obra de Nazaré Trigo Coimbra, A Escrita em Projeto (2009), da Edições ECOPY. Entre várias referências, aparecem citados alguns contributos de uma colega e amiga (Dulce Raquel Neves), bem como os meus (com ela partilhados), numa publicação conjunta que recupero: Sobre o Texto: aprendizagens teóricas para práticas textuais (Porto, Edições ASA, 2001).
De vez em quando lá volto, para dar conta de algumas indicações que continuo a achar pertinentes para o trabalho de transposição didática sobre a escrita. Em contextos de formação, resultam ainda em oportunidades de discutir, (re)ativar princípios que todos os professores de língua devem considerar, na construção e na estruturação de materiais ou instrumentos que presidem ao ensino-aprendizagem da escrita.
E porque alguém mais também o achou, seguem-se alguns desses tópicos, citados e referenciados em obra posterior (oito anos após) à minha:
Tópico um: explicitação dos quatro princípios discursivos associados à construção / constituição da competência textual
Tópico dois: explicitação das regras textuais de coerência - da repetição (1), da progressão (2), da não-contradição (3) e da relação (4)
(págs. 83-84)
Tópico dois: explicitação das regras textuais de coerência - da repetição (1), da progressão (2), da não-contradição (3) e da relação (4)
Tópico três: Sentido operatório das tipologias textuais e das classificações tipológicas na transposição didática
(...)
(págs. 88-89)
(pág. 94)
Visionadas as citações, a convergência para os trabalhos de oficina de escrita é um novo passo, com indicações precisas relativamente ao trabalho de produção escrita (textualização) e (revisão):
Passaram-se já quase vinte anos. Revivalismo? Algum. Pertinência para o trabalho? Também.
No final, fica a sensação de que alguma coisa deve ter sido feita há uns tempos para, hoje, se poder retomar, reafirmar, consolidar e, curiosamente, avaliar como (ainda) válido.
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