O dia faz-se de sol...
A manhã, ainda fria, enchia-se de luz e, só por isto, parei frente ao mar. Anunciava-se um dia intenso de trabalho. Ofereci-me uns breves instantes, olhando a praia e inspirando a frescura; escutando esse rumorejar salpicado a rebentar no paredão e no areal.
Instantes de uma manhã junto à praia - I (Foto VO)
Um branco rasgado impunha-se nos limites de uma queda de água, estendida até à areia que a barrava, sugando-a e devolvendo-a ao azul esverdeado de um manto líquido sempre a ir e voltar.
Instantes de uma manhã junto à praia - III (Foto VO)
Com o vaivém cíclico, que se via e continuamente se repetia, mais a inquietação desta vida, que pairava na mente e nas ondas se pressentia, inspirei o ar; inspirei-me no mar. Sorvi a energia, ganhei a força. Fui à luta.
Instantes de uma manhã junto à praia - IV (Foto VO)
Instantes de uma manhã junto à praia - V (Foto VO)
Chegou mais um dia para fazer anos (expressão curiosa para exprimir esse tempo tão singular, mas que não para de se multiplicar e contar).
As mensagens foram caindo no telemóvel. Precisava dar-lhes resposta mal pudesse. Se alguém ou algo fez lembrar o dia de hoje, quem escreveu merece as palavras e o agradecimento de quem espera pela primavera e vai fazendo primaveras (em grande número). Obrigado a todos os que me acompanha(ra)m e me têm ajudado a sobreviver neste mar da vida.
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