domingo, 26 de outubro de 2025

E depois da quarta...

       ... vem a quinta dimensão.

       Altura, largura, profundidade, tempo - quatro são. Qual é a quinta de que se fala?
      Talvez uma outra mais ou a fusão de todas. Alguma que permita ultrapassar as anteriores e vá bem além do que qualquer outra força permita (visibilizar). O conceito de dimensões adicionais aparece mencionado em diversas obras de Oscar Wilde, Marcel Proust e HG Wells; configura-se em Picasso e outros artistas modernistas, que representam dimensões alternativas, múltiplas, transcendentes.
     Eis que me surge um poema com esse título, na segunda parte de um livro intitulado Ousadias (2025), com poesia e fotografia, da autoria de Adriana Carmezim e Cristina Pinto
        Na estruturação da obra, depois de 'ousadias lua' vem o 'sol ousadias', com notas de cor e palavras de esperança:

A ousadia de pôr voz no escrito e de tornar visível um livro, pelo título, já ousado (montagem VO)

    Adriana Carmezim traz regeneração, um solstício que deixa de ser inverniço e frio e passa artisticamente a um tempo diferente, salvífico, com ritmo poético expectante, confiante. Ecos de uma nova fase de vida, mais promissora, risonha, própria de quem vê luz, seja no fundo do túnel seja no caminho que passa a ser cumprido mais positivamente. O lunar dá lugar ao solar - ampliando-se o toque de luz.

         Lidos os versos silenciosamente, deu-se-lhes voz, como se o canto trouxesse às palavras escritas um efeito metamorfoseador, transfigurador. Recriador. Um outra dimensão: que permite acreditar em melhores tempos.

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