quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pessoa: de toda a gente e ninguém

   Prestes a celebrar 125 anos de nascimento (em 2013), começa a comemoração já este ano, a propósito do Dia Europeu das Línguas que ontem se festejou e que, num dos cartazes do evento ("As Línguas Abrem Caminho"- 2010), pôs Fernando Pessoa como rosto do país.

   As línguas, na sua realização mais popular, tem expressão em pequenos poemas, como as quadras.
   Pessoa produziu muitas e sobre elas vão os alunos pronunciar-se num discurso de um minuto. Têm de apresentar o poema, declamá-lo, indicar as palavras / expressões-chave e explicar por palavras próprias a mensagem transmitida.
   Alguns dizem que um minuto é pouco tempo, mas, quando chega a hora da produção, o minuto reduz-se a trinta / quarenta segundos. Outros ultrapassam ligeiramente os sessenta segundos.
   O certo é que passam a falar do autor; veem como o poema recorre a muitas palavras que, de tão comuns, acabam por ganhar uma dimensão metafórica; trabalham um texto que reflete mensagens muito úteis - algumas moralizadoras, outras bastantes acessíveis à lição e ao conhecimento de mundo de qualquer ser humano, outras ainda muito associadas a um Pessoa que irão conhecer daqui a alguns anos.
    Por ora, familiarizam-se com pequenos textos, memorizam-nos, declamam-nos, ilustram-nos e pesquisam a caricatura de um criador com muitas faces.

    Assim, na voz desse poeta, verificam como a língua se faz sua pátria ("A minha pátria é a língua portuguesa" - Bernardo Soares).

2 comentários:

  1. Boa sugestão. Para além de todas as vantagens que enuncias, poderá ajudar a que, no futuro, se os jovens vierem a ocupar cargos públicos, não empreguem em vão as palavras dos poetas.

    Abraço
    Dolores ou M.

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  2. Obrigado.
    De facto, a julgar pelos exemplos políticos do presente, fica bem evidente como só se lê o que interessa, o que se quer ler e não o que o poeta quis dizer. Um verdadeiro caso de afirmar poder (que não se tem) para a "vã glória de mandar".
    Beijinho.
    VO (ou aquele que perdeu o V para só ficar O).

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