A começar o ano, uma mensagem televisiva para pequenos e graúdos (ou, respetivamente, mais e menos jovens).
Poster de divulgação do filme Os Croods
É na base deste pensamento que mais um ciclo de doze meses se abre - um presente virado para futuro, sem esquecer uma nota de passado bem remoto. Vem este último a propósito de um conjunto de personagens de um filme animado: falo de Os Croods - homens das cavernas - que o canal de televisão SIC decidiu apresentar aos espectadores no início de 2016.
Difundida há cerca de três anos, pela primeira vez, esta comédia cinematográfica chega à televisão com uma família pré-histórica, no momento em que vivencia a destruição do seu habitat. O espaço de proteção face a todos os perigos, identificado com os limites de uma caverna, conjuga-se com a regra do patriarca superprotetor Grug ("Tudo o que é novo é mau"), um contador de histórias voltadas para uma só moralidade: nunca descobrir o que é novo ou diferente.
Todavia, a curiosidade da jovem e forte filha Eep fará toda a diferença, inclusivamente quando conhece Guy, um rapaz astuto acompanhado de uma preguiça (mas nada preguiçoso ou acomodado) que lhe dá a conhecer a novidade (o fogo) e lhe diz que o mundo está a acabar.
Ciente de que, a todo o momento, Eep necessitará de ajuda, Guy dá-lhe o sinal de chamamento (para que a possa ajudar sempre que necessário). Surge, assim, a oportunidade do amanhã, do futuro e a esperança de (re)encontro com a luz (em vez da limitação à destruição e escuridão).
Será este adolescente sobrevivente, cheio de novas ideias, que apresentará à família Croods - desde Sandy, a bebé feroz de Grug e Ugga à sempre-viva avó, sogra de Grug - grandes desafios e contínuas adaptações a novos espaços, representados por fantásticos e coloridos cenários naturais. A descoberta de um mundo novo, com criaturas fantásticas, alterará a vida de todos, a vários níveis, nomeadamente nas relações e nos afetos.
O filme tem uma boa mensagem, um esquema de intriga algo repetitivo (entre a destruição e o avanço para um novo cenário, ou oportunidade de vida) e um pai pré-histórico com um registo de língua muito apurado, correto e silabado para um homem das cavernas. A cor atrai, a fantasia constrói-se e as mudanças associadas ao percurso das personagens são uma possibilidade (sempre) credível para quem quer seguir caminho, andar em frente, independentemente dos males que possam ocorrer.
O filme tem uma boa mensagem, um esquema de intriga algo repetitivo (entre a destruição e o avanço para um novo cenário, ou oportunidade de vida) e um pai pré-histórico com um registo de língua muito apurado, correto e silabado para um homem das cavernas. A cor atrai, a fantasia constrói-se e as mudanças associadas ao percurso das personagens são uma possibilidade (sempre) credível para quem quer seguir caminho, andar em frente, independentemente dos males que possam ocorrer.
Um desenho animado apostado na procura da luz e do amanhã - uma boa mensagem para começar o ano.
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