Desde que seja grito!
Acabaram-se as férias. Não sei se por cansaço (já!) se por falta de vontade, ou ainda por não ter entrado no ritmo que se impõe, a chegada do primeiro fim de semana pós-retoma do trabalho está a revelar-se como o 'grito do Ipiranga'. Quando dizia isto, alguém perguntava: "De quem?".
Pois... isto de utilizar referências ou expressões que nem todos dominam pode comprometer a comunicação. No caso, deu lugar a explicação, começando pela reformulação da pergunta "De quem?" para "De onde?". Não se trata de alguém, mas de um lugar, junto às margens de um rio - Ipiranga -, onde aconteceu o que ficou conhecido como a declaração de independência do Brasil, em 1822. Os universos de referência ou conhecimentos de mundo determinam os efeitos comunicativos - assim o diz a pragmática. A História também ajuda.
Pois... isto de utilizar referências ou expressões que nem todos dominam pode comprometer a comunicação. No caso, deu lugar a explicação, começando pela reformulação da pergunta "De quem?" para "De onde?". Não se trata de alguém, mas de um lugar, junto às margens de um rio - Ipiranga -, onde aconteceu o que ficou conhecido como a declaração de independência do Brasil, em 1822. Os universos de referência ou conhecimentos de mundo determinam os efeitos comunicativos - assim o diz a pragmática. A História também ajuda.
O universal (só para alguns) "Independência ou morte", proferido pelo então príncipe regente D. Pedro do Brasil (a governar em nome do seu pai, o rei D. João VI), fez-se ouvir no centro da atual cidade de S. Paulo, onde corria um pequeno "rio vermelho" (na língua tupi 'Ipiranga').
Facto ou lenda, o grito associa-se ao dia de hoje, considerado feriado nacional no Brasil e celebrado, oficialmente, como o Dia da Independência. Três anos demorou o reconhecimento da independência da colónia pela metrópole (entre 1822-25). Digamos, contudo, que o grito teve o seu efeito.
Vem o fim de semana - só dois dias; não vou ficar independente do trabalho, inclusive neste curto período de tempo de suposto descanso. Ainda assim o grito de libertação resulta em alívio, face a "essenciais", "flexibilização", despachos e decretos surgidos em período de férias para lançar o arranque de mais um ano letivo.
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