Chegaram, de novo, as cores. Não são tão nítidas ou brilhantes quanto as do verão, mas traduzem algum do calor outoniço, acompanhado de um vapor aquoso e aromado, que não deixa de se fazer sentir neste final de setembro.
Um pôr do sol com sinais de bruma e frescura marinha no aroma (Foto VO)
No desfecho da tarde, caminhando paralelamente ao horizonte, há um cheiro refrescante, de intensidade marinha que, de quando em vez, nos faz inspirar, sorver o ar para a profundidade do nosso ser. É como se o quiséssemos armazenar em nós - um aroma salgado, húmido, capaz de lavar alma e cérebro.
No ir e no vir, foi-se o alaranjado tom, para que um turvo crepúsculo vespertino abrisse caminho a uma noite cada vez mais antecipada nessa sua chegada. Encurtam os dias e fechamo-nos à vontade de fazer mais.
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