Em época de incêndios, há fogos muito destrutivos.
Têm sido alguns os que têm assolado Portugal nos últimos anos, a maior parte deles noticiada e reportada como sendo exemplo das maiores catástrofes da Europa.
No meio dos registos que se fazem, outros "incêndios" surgem: os da língua. O último passa em horário nobre (noturno), em pleno telejornal:
Quando na manhã se difunde o "Bom Português", o mesmo canal televisivo, à noite (sublinho, À NOITE), dá o pior dos exemplos. Em cerca de dois minutos, lê-se a mesma legenda, com o mesmo erro... persistente:
Devia ler-se 'à tarde', claro está! A expressão de tempo em causa não implica duração, mas sim a indicação de um turno preciso do dia (à tarde). Só no caso de expressão de duração (do tempo já decorrido) faria sentido escrever com 'h'.
Assim se faz a comunicação no "Somos o primeiro!", em serviço público. A desgraça do incêndio é acompanhada da desgraça na língua. (Com agradecimento à T. de J.)
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