sábado, 26 de setembro de 2020

Da gaivota...

       Depois da chuva, um tempo de acalmia na nublada e acinzentada natura. 

Saber que da terra, da areia e da rocha se faz ar...
Saber que aproximar é motivo para voar...
Saber que ter asas é condição para libertar...
Saber a brisa criada, agitada, ao altear...

O voo da gaivota (Foto VO)

Não te pude agarrar; pé ante pé, fiz-te ficar
Presa a uma imagem, ainda sem céu para planar.
Seguiste um sem-rumo para te desembaraçar
Do perigo; do medo e dos fantasmas te afastar.

Vem a onda, vai-se a ave. Movimentos do olhar.

        Eis a gaivota do final de tarde que eu gostaria de ser: portador da luz do dia, em tempos demasiado cinzas. Quando não há sentimento bom, nada como preparar a partida... para onde se (e)s(t)eja mais feliz.

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