Dia para o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira (AEML) viver as Jornadas'24 de Inovação e Educação.
Um grupo de profissionais (equipa do Plano de Ação de Desenvolvimento Digital da Escola - PADDE) preparou e concretizou um programa de sensibilização e de formação para docentes, encarado como um espaço privilegiado de partilha e de reflexão no âmbito da utilização crítica das tecnologias em contexto educativo.
Tendo como objetivos o fomento da integração das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas, o conhecimento e a utilização de diferentes ferramentas digitais (segundo a função a que se destinam), a promoção e a integração do digital de forma pedagogicamente pertinente, a capacitação dos docentes para a implementação de atividades promotoras da aprendizagem e do desenvolvimento das competências digitais dos alunos, o dia resultou em pleno com um número de participações significativo, de comunicações inspiradoramente pertinentes e demonstrativamente reveladoras de práticas que podem fazer a diferença.
Publicitação e dinâmica das Jornadas'24 do AEML, em parceria com a Câmara Municipal de Espinho (CME)
e o Centro de Formação Aurélio da Paz dos Reis (CFAPR).
O programa contou, no Painel 1, com a presença da Sr.ª Inspetora Geral de Educação, Prof.ª Dr.ª Ariana Cosme; do Presidente do Conselho Científico-Pedagógico de Formação Contínua, Prof. Dr. Rui Trindade; da Prof.ª Dr.ª Joana Rato, do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, investigadora integrada no Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde, onde dinamiza o grupo de trabalho Mente, Cérebro e Educação. Foi o espaço e o tempo das Neurociências à Sala de Aula, para reflexões acerca da aprendizagem e do ensino, da importância das mudanças, das reformas e da inovação na educação.
Com o Painel 2, dedicado à Tecnologia e à Sala de Aula (como, quando e onde?), houve a oportunidade de receber contributos do Prof. Dr. Marco Bento (da Escola Superior de Educação de Coimbra), investigador em Tecnologia Educativa na Universidade do Minho, e do Prof. Dr. Luís Borges Gouveia (Professor Catedrático na Universidade Fernando Pessoa e Doutor em Ciências da Computação); do Dr. Carlos Pinheiro, professor bibliotecário do Agrupamento de Escolas Leal da Câmara, professor de História e coordenador interconcelhio da Rede de Bibliotecas Escolares (concelho de Cascais).
Durante a tarde, entre as 14:30 e as 19:00, foram várias as intervenções (Dr.ª Liliana Costa, Manuela Simões, Cláudia Meirinhos, Alda Ferreira, Carla Alves, Ana Paula Rodrigues e Dr. Tiago Costa e Pedro Silva) a sublinhar as oportunidades que as tecnologias têm vindo a trazer para a ação educativa.
Num espírito em que o instituído se comple(men)ta com o instituinte, o tema da inovação e das tecnologias anuncia-se presentemente fulcral para a dimensão da relação e da interação pedagógicas; para o exercício consciente e consistente profissional docente; para a implicação fundamentada de uma atitude crítica perante os grandes desafios éticos e tecnológicos que atualmente a Inteligência Artificial (IA) coloca na Educação; para a defesa de uma complementaridade de suportes de aprendizagem em que a abordagem híbrida se revela mais diversa, integradora, complementar e, por isto mesmo, mais rica.
Aproveitado o momento para que as vantagens da IA não deixem de se compaginar com o que a inteligência humana tem para a enriquecer (sem que o feitiço anule o feiticeiro), não deixou de se evidenciar como, do acordar ao deitar da humanidade, são múltiplos os sinais de como aquela nos facilita a vida, mesmo naquelas circunstâncias em que esta se encontra mais frágil ou em perigo e a requerer dela intervenções menos agressivas, mais cómodas, eficientes e imediatas.
Sem endemoninhar a IA pelo que possa provocar nos tempos mais ou menos próximos, reconheça-se e descubra-se o que esta propicia ao ser humano, construindo-se e explorando-se, de forma inteligente, humanista e humanizadora, o que ela possa contribuir para a dignificação da existência do último.
Um dia trabalhoso e que, nas palavras do patrono Manuel Laranjeira, revelou bem como "As ideias têm tudo em lucrar em serem agitadas" (in Cartas, na endereçada a João de Barros a 15 de janeiro de 1909) ou como "No mundo não basta descobrir verdades: é preciso sobretudo semeá-las pelo espírito e pelo coração dos homens" (idem, na carta endereçada a António Carneiro, a 14 de setembro de 1908).
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