No final do primeiro período lectivo, com os alunos de 12º ano a descobrirem o poema de Natal mais bonito que o professor quis partilhar: o do nascimento de Jesus Cristo (mais humano, menos transcendental) num meio-dia de um fim de primavera.
Li-lhes o poema VIII de "O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro, anunciando-o como o poema natalício mais bonito que havia encontrado.
Ouviram-no, na totalidade, entre o silêncio do respeito poético e o riso que os aproximaram de tão bela criança, tão marcada pela mensagem de vida.
Ficam aqui alguns desses versos, na voz de Maria Bethânia:Outros ficam em falta, a motivar o reencontro com o texto:
"...
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca."
É verdade: ainda se riram, no princípio (pelo inusitado, pela traquinice, pela ousadia, pela dessacralização); no final, deram conta do(s) verso(s) que mais os cativou (cativaram), justificando a selecção feita. Há palavras, ideias atractivas aos homens.
O NATAL NÃO E BRINCADEIRA MAS É A RESPOSTA DO SEU CORAÇÃO.
ResponderEliminarE TAMBÉM É UMA DATA MUITO IMPORTANTE A RESSURREIÇÃO DE JESUS.
Concordo.
ResponderEliminarPor não ser brincadeira e por ser resposta do coração do Homem, o Natal deve ser mais real, mais identificado com o Homem e a sua condição, aproximando-o do que mais divino tem: o ato de nascer.
É precisamente essa a mensagem do poema - com a transcendência que não deixa de ser comum aos nossos olhos; com um Jesus que nos faz acreditar que foi um de nós à hora de nascer, de brincar, de crescer, de se transformar e de testemunhar, sempre com a humildade que o tornou superior no que disse e no que fez.
Talvez por isso o riso inicial, na reação ao poema, seja a constatação de que Jesus está muito próximo de nós. Daí que resulte num sinal de alegria que acaba por ser a afirmação do respeito por cada um de nós (e, implicitamente, por Jesus).
Anónimo 1,
ResponderEliminarObrigado pela sua mensagem.
Anónimo 2,
Muito grato pela sua resposta, que bem pode ser a minha, sublinhando bem essa ideia de proximidade entre Jesus e o Homem comum. Estivesse ele no coração e no cérebro de cada um de nós, e o mundo seria bem melhor.
Ai, se a traquinice fosse o pior dos males!
Cumprimentos a ambos.